Publicado em: 13/11/2025 às 15:00hs
A mancha-alvo da soja, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, tem se espalhado rapidamente em diversas regiões produtoras do país, com destaque para o Cerrado brasileiro, segundo informações da Embrapa. A doença tem preocupado agricultores devido à sua alta capacidade de sobrevivência no solo e em restos culturais, o que dificulta o controle e aumenta o risco de reinfecção nas lavouras.
O fungo pode permanecer ativo em resíduos de colheitas anteriores e sementes contaminadas, colonizando diferentes tipos de material orgânico. Essa característica faz com que a doença esteja presente em praticamente todas as regiões produtoras de soja do Brasil, exigindo atenção redobrada dos produtores rurais durante todo o ciclo da cultura.
Os primeiros sinais da doença surgem como manchas arredondadas nas folhas, com bordas escuras e centro mais claro, lembrando um alvo — característica que dá nome à enfermidade. Com a evolução, essas lesões se multiplicam e podem causar queda prematura das folhas, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade da planta.
A disseminação ocorre principalmente pela ação do vento e da chuva, o que torna o avanço rápido em períodos de clima quente e úmido — condições favoráveis ao fungo.
De acordo com Rafael Toscano, BU técnico de soluções da ORÍGEO — joint venture entre Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada no MATOPIBA, Pará, Rondônia e Mato Grosso —, o sucesso no controle da mancha-alvo depende da atenção do produtor desde os estágios vegetativos da cultura.
“O agricultor precisa monitorar a lavoura desde o início, especialmente em áreas com histórico da doença. É essencial eliminar restos de colheita, respeitar o vazio sanitário e realizar o manejo correto de fungicidas”, orienta Toscano.
Ele acrescenta que o espaçamento adequado entre plantas e o uso de variedades com boa sanidade e arquitetura foliar mais aberta ajudam a melhorar a circulação de ar, dificultando o desenvolvimento do fungo.
Entre as ferramentas disponíveis para o manejo eficaz da mancha-alvo, o Evolution, fungicida da UPL Brasil comercializado pela ORÍGEO, tem se destacado no mercado. O produto conta com formulação tripla, que combina ação multissítio, sistêmica e preventiva, garantindo maior eficiência no controle da doença.
“O Evolution é ideal para o manejo integrado, especialmente em regiões com alta pressão da mancha-alvo”, reforça Toscano.
Com aplicação terrestre ou aérea, o fungicida oferece segurança, desempenho e proteção prolongada, desde que utilizado com acompanhamento técnico para assegurar os melhores resultados.
Com a previsão de verões mais quentes e úmidos em parte do país, especialistas alertam que o risco de avanço da mancha-alvo tende a aumentar. Por isso, o monitoramento constante, aliado a práticas integradas de manejo, é fundamental para garantir o equilíbrio produtivo e evitar perdas expressivas nas próximas safras de soja.
Fonte: Portal do Agronegócio
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