A proliferação da doença do greening pode encerrar a produção de citrus na Venezuela. De acordo com a Associação de Produtores de Frutas de Yaracuy, uma das principais regiões produtoras do país, dos 35 mil hectares destinados ao plantio de citrus, apenas 1.750 hectares continuam produzindo, uma redução de 95%.

A redução maciça deve-se a dificuldade dos produtores em combater a disseminação da doença. Segundo a associação, as plantações que não foram afetadas, estão localizadas em áreas mais frias, como Nirgua e em direção à área da Tendida, entre Mérida, Táchira e Zulia.

Para o presidente da associação de produtores, Rafael Cabrera, houve um atraso em se estabelecer um plano de combate à doença, que, segundo ele, deveria ser focado no controle do psílideo, mosquito vetor do greening. "Houve uma luta para promulgar uma decisão administrativa sobre como agir, mas nenhuma medida foi implementada”, revela.

Cabrera diz que que o modelo de produção tem capacidade instalada para processar até 20 milhões de caixas de 40,8kg de frutas anualmente, mas nesse ano apenas 2 milhões de caixas de 40,8kg foram processados. “A tendência é que essas indústrias desapareçam e tenham que migrar para outro tipo de processo para se manter ao longo do tempo”, disse.