Pragas e Doenças

Fundação MT recomenda atenção maior sobre helicoverpa e ferrugem nas lavouras de soja

O surgimento da lagarta Helicoverpa armigera, que tem apavorado os produtores, pode estar monopolizando a atenção quanto ao monitoramento das lavouras e fazendo com que a ferrugem asiática fique em segundo plano, segundo observou o pesquisador do programa de Proteção de Plantas da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, Ivan Pedro


Publicado em: 06/01/2014 às 15:30hs

Fundação MT recomenda atenção maior sobre helicoverpa e ferrugem nas lavouras de soja

“No início da safra, acompanhamos casos em que alguns produtores não demonstraram a devida preocupação e atenção com relação ao manejo da ferrugem asiática, provavelmente em função da presença marcante da tão temida Helicoverpa armigera, praga que de fato possui elevado potencial de destruição e ataca várias culturas. A elevada gama de informações e alertas pode ter levado alguns produtores a pensarem apenas na lagarta como primeiro plano e flexibilizar o controle da ferrugem”, constatou.

O pesquisador não desconsiderou a importância do controle intenso da praga, mas advertiu que deve haver também alerta especial para outras doenças, como o fungo causador da ferrugem, que encontra condições climáticas favoráveis para disseminação neste período chuvoso. “Além disso, começaram a ser colhidas as primeiras lavouras de soja super precoce e precoce em algumas regiões do estado, o que pode contribuir para uma maior disseminação do patógeno através dos esporos provenientes destas. Estes são lançados ao vento e carregados por longas distâncias podendo infectar novas áreas”, atentou.

Até agora já foram registrados 13 focos da doença no Estado, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, sendo 5 em Campos de Júlio, 3 em Sapezal, 2 em Campo Verde e nos municípios de Alto Araguaia, Alto Garças e Campo Novo do Parecis, um cada. Em todo Brasil os casos somam 81.

As aplicações iniciais e preventivas continuam sendo a melhor alternativa de controle da doença. “As aplicações dos produtos devem ser feitas respeitando as condições climáticas ideais e de forma preventiva. Devem ser iniciadas na fase de pré-florescimento ou florescimento da cultura (R1), mesmo em áreas que a doença ainda não foi identificada, pois o controle de forma planejada e criteriosa, o produtor consegue minimizar os efeitos negativos da doença” lembrou o pesquisador.

Fonte: A Tribuna

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