Com o decreto que estendeu na última semana situação de emergência fitossanitária à agricultura do Piauí, o Brasil tem cinco estados alarmados diante dos ataques da lagarta Helicoverpa armigera às lavouras de soja, milho e algodão. Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia foram os primeiros a entrar nessa lista, que tende a crescer.

Os técnicos consideram que há risco concreto de os produtores perderem o controle da nova praga, mesmo com reforço no número de aplicações de agrotóxicos, que deve passar de quatro para nove nas áreas regiões mais atingidas. A lagarta se reproduz rapidamente e, quando adulta, resiste a altas doses de inseticidas. Ataca a parte reprodutiva das plantas, folhas, vagens e grãos.

O Ministério da Agricultura decretou emergência fitossanitária no Piauí informando que a medida libera a elaboração de planos para supressão da praga. O decreto abre caminho à importação extraordinária de defensivos de aplicação não autorizada no Brasil. Esses agrotóxicos têm como ingrediente ativo a substância Benzoato de Emamectina e precisam ter sido aprovados por pelo menos três países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Zona Sul

25 municípios do Sul do Piauí sofrem ataques severos da nova lagarta, incluindo as principais regiões produtoras de soja: Uruçuí, Gilbués, Bom Jesus e Baixa Grande do Ribeiro.