Publicado em: 19/09/2024 às 14:00hs
Durante a atual fase de manejo e pré-plantio, a cultura da soja no Brasil enfrenta uma série de desafios, incluindo altos custos de produção, intensa competitividade no mercado e a necessidade de aprimoramento das práticas de manejo. Essas questões destacam a urgência de soluções eficazes para assegurar a sustentabilidade e a rentabilidade dessa importante cultura agrícola.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os custos de produção da soja, que englobam despesas com insumos, fertilizantes e defensivos, aumentaram 15% nos últimos dois anos. Esse aumento nos custos impacta diretamente a rentabilidade das lavouras e exige estratégias financeiras mais robustas para enfrentar os desafios econômicos.
A volatilidade dos preços internacionais e as flutuações na demanda global também são áreas de preocupação. Estudos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indicam que as variações nos preços da soja podem influenciar significativamente a receita dos produtores brasileiros.
Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, ressalta que a pressão competitiva exige adaptação rápida por parte dos produtores para manter a viabilidade econômica de suas operações. “O manejo adequado da cultura é crucial para a otimização dos recursos investidos, maior produtividade e melhor retorno financeiro”, afirma Carvalho.
Além dos desafios econômicos, os problemas com plantas daninhas, como Picão-preto (Bidens pilosa), Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), Capim-amargoso (Digitaria insularis) e Buva (Conyza bonariensis), continuam a impactar a produtividade. O Picão-preto, por exemplo, não só reduz a produtividade pela competição com as plantas de soja, como também prejudica a qualidade do grão durante a colheita, resultando em impurezas e descontos no valor do produto.
Décio Karam, pesquisador da Embrapa Soja, explica que essas plantas daninhas são particularmente problemáticas devido à sua fácil disseminação. A Buva e o Capim-amargoso se espalham pelo vento, enquanto o Picão-preto adere às roupas e se movimenta com facilidade pelos maquinários. O capim-pé-de-galinha, por sua vez, se propaga por meio de sementes liberadas pelo vento, água, animais ou atividades humanas.
Karam destaca que um dos maiores desafios para o produtor rural é adotar um manejo integrado. “Investir em manejo integrado traz maiores retornos em resistência e produtividade no longo prazo. A verdade é que a cultura da soja no Brasil enfrenta uma combinação complexa de barreiras econômicas e técnicas. A luta contra as plantas daninhas é apenas uma parte do panorama geral que requer atenção e inovação contínuas”, observa o pesquisador.
Carvalho acrescenta que as plantas daninhas têm um impacto mais significativo nos primeiros estágios do ciclo da soja, que variam de 12 a 50 dias após a germinação. Para combatê-las, as estratégias recomendadas incluem prevenção e detecção precoce, uso de plantas de cobertura do solo, rotação de culturas e controle químico, com a combinação e rotação de mecanismos de ação. Ele enfatiza a importância de uma abordagem de manejo integrado e o uso de produtos como o Terrad’or, da Ourofino Agrociência.
“Terrad’or é altamente compatível com outros produtos, oferecendo segurança na aplicação conjunta com herbicidas, resultando em excelente desempenho no controle de plantas daninhas”, explica Lenisson Carvalho.
Fonte: Portal do Agronegócio
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