Última semana proporcionou avanços no plantio do trigo paranaense, ainda que tenha crescido a preocupação com a sanidade e o desenvolvimento das plantas em algumas regiões produtoras locais. Clima deve colaborar com a finalização dos trabalhos.

Segundo a SEAB-PR, plantio realizado em 95% da área prevista, com avanço semanal de 106,5 mil hectares na semana. Clima mais seco nos últimos dias e com temperaturas gradualmente se recuperando favoreceram o avanço dos trabalhos. Até o dia 07/07 (ontem), 40% das lavouras já haviam entrado na fase reprodutiva, portanto susceptíveis a danos de diretos de produtividade e qualidade industrial.

Isso preocupa, a medida que nas próximas duas semanas teremos mais chuvas ocorrendo na porção Norte do Estado, onde se concentram as lavouras com ciclo mais adiantado neste momento. Regiões de Campo Mourão, Cornélio Procópio e Apucarana apresentam reclamações de ocorrência de brusone e giberela, sendo que o controle será mais dificultado nos próximos dias.

Em contrapartida, clima mais seco do que o normal na próxima semana para regiões de Guarapuava, Campo Gerais e até mesmo no Sudoeste podem favorecer a finalização dos trabalhos de semeadura.

Técnicos da SEAB nas Regionais de Cascavel (Oeste) e Pato Branco (Sudoeste) indicam que o clima úmido e de temperaturas baixas tem atrasado o desenvolvimento das lavouras, com a situação fitossanitária também preocupante diante da necessidade de repetidas pulverizações mesmo em uma cultura com margens de ganhos baixas.

Diante dos reportes pontuais, porém freqüentes, de ocorrência de doenças de espigas, vemos que a originação do trigo paranaense deverá ser cuidadosa. Sobretudo em um contexto de limites cada vez mais restritivos quanto ao teor de micotoxinas nos produtos alimentícios.

Amanhã (09), será divulgada a estimativa mais recente da colheita de trigo no Brasil segundo a CONAB. Olhos atentos aos dados paranaenses e sobretudo gaúchos.