Publicado em: 19/08/2024 às 07:30hs
Com a aproximação da temporada de chuvas, prevista para iniciar em setembro e se estender até abril em algumas regiões do Brasil, os produtores de cana-de-açúcar devem se preparar para um desafio significativo: o controle da Cigarrinha das Raízes (Mahanarva spp). Desde o início dos anos 2000, essa praga tem causado sérios problemas, podendo reduzir a qualidade do açúcar (ATR) em até 30% e levar a perdas de produtividade (TCH) de até 80% por hectare.
O início das chuvas promove a brotação das novas canas e cria condições ideais de temperatura e umidade para a proliferação das Cigarrinhas. Esse ambiente propício permite que a praga ataque o sistema radicular das canas jovens, resultando em perdas consideráveis e, em muitos casos, irreversíveis na produção.
Leila Luci Dinardo-Miranda, pesquisadora científica do Centro de Cana do Instituto Agronômico, ressalta a gravidade da situação: “A Cigarrinha é uma praga de grande importância que se torna ainda mais agressiva no período chuvoso. Algumas variedades de cana são extremamente suscetíveis, resultando em quedas significativas na produtividade e na qualidade do açúcar. Os danos afetam tanto o volume quanto o teor de açúcar na planta.”
Embora os agricultores e usinas tenham adotado diversas estratégias de controle, incluindo o uso de agentes biológicos, os inseticidas químicos continuam desempenhando um papel crucial. A recomendação é adotar um manejo integrado que considere a suscetibilidade das variedades de cana e o estado da planta no momento do ataque. “Produtos com diferentes modos de ação são essenciais para o manejo da resistência. Quando uma molécula age sobre os ovos, pode reduzir a população não apenas no ciclo atual, mas também no próximo”, explica a pesquisadora.
A IHARA, especializada em pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas, destaca a importância de rotacionar os produtos para evitar o desenvolvimento de resistência. “O uso contínuo de um mesmo inseticida pode levar ao surgimento de populações resistentes, tornando essencial a rotação de produtos para manter a eficácia do controle. O inseticida Maxsan, por exemplo, se destaca pela sua capacidade de integrar-se a um programa de rotação de inseticidas, contribuindo para um controle eficaz da Cigarrinha”, afirma Iuri Cosin, engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA.
Leila acrescenta: “A IHARA, assim como outras empresas, tem introduzido novas moléculas no mercado para o controle tanto de Cigarrinhas quanto de Sphenophorus. Isso oferece aos produtores opções para rotacionar os ingredientes ativos no campo, reduzindo a possibilidade de surgimento de populações mais resistentes.”
Para garantir a saúde dos canaviais e a rentabilidade da safra, a IHARA enfatiza a necessidade de um controle eficaz das Cigarrinhas, especialmente durante o período chuvoso. O inseticida Maxsan, com seu desempenho comprovado, é uma ferramenta essencial para os produtores que buscam mitigar os impactos da praga e proteger suas lavouras.
“Com o Maxsan, os produtores podem enfrentar de forma mais eficaz os desafios impostos pela Cigarrinha das Raízes, pois se trata de um produto completo com efeito de choque sobre as ninfas e um efeito ovicida exclusivo. A solução não apenas reduz o número de ovos depositados pelas fêmeas, mas também impede a eclosão desses ovos. Com uma formulação altamente sistêmica e um duplo mecanismo de ação — sistêmico e translaminar —, essa tecnologia controla todas as fases da praga com eficiência”, destaca Cosin.
A aplicação do Maxsan deve ser feita preferencialmente direcionando o jato para ambos os lados da linha de plantio, distribuindo 70% da calda nas folhas e 30% na base das plantas.
Durante o período chuvoso, o ciclo da Cigarrinha varia entre 45 e 60 dias. Após acasalarem, as fêmeas depositam os ovos no solo próximo às plantas. Em cerca de 15 dias, as ninfas emergem e se dirigem às raízes, sugando a planta por 30 a 40 dias, enquanto produzem uma espuma protetora até se transformarem em adultos. Após o pico de infestação, as fêmeas depositam novos ovos, que permanecem no solo por cinco a seis meses, sobrevivendo aos períodos de seca e eclodindo no próximo ciclo chuvoso.
“As ninfas e os adultos causam danos significativos na lavoura. As ninfas sugam as raízes, enquanto os adultos se alimentam das folhas, injetando substâncias tóxicas que causam amarelamento e secagem das folhas. Os danos levam à morte do colmo e à redução da produtividade e do teor de açúcar. A Cigarrinha depende da umidade do solo, e a palha deixada no solo após a colheita da cana crua favorece a umidade e a proliferação da praga”, explica a pesquisadora.
Iuri Cosin ressalta que “com investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, a IHARA continuará a oferecer soluções avançadas para garantir a proteção fitossanitária das culturas e maximizar a rentabilidade das safras. Nossa missão é atender às necessidades dos agricultores, promovendo a sustentabilidade e a produtividade nos canaviais”.
Fonte: Portal do Agronegócio
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