Publicado em: 09/12/2013 às 15:55hs
O inseto na fase adulta é da espécie helicoverpa, que quando mais jovem causa danos às plantações e prejuízos aos agricultores.
A armadilha fica ao lado da lavoura. Durante o dia, uma placa solar retém a energia que vai manter a luz acesa e, assim, atrair a praga à noite. Na manhã seguinte, elas são coletadas e contadas.
O sistema de alerta de pragas foi desenvolvido pelo Instituto Matogrossense do Algodão, o Ima.
Inicialmente, ele foi testado em três regiões produtoras, mas agora o trabalho está sendo ampliado para outras lavouras de Mato Grosso, em mais sete núcleos de monitoramento. Os pesquisadores vão traçar um panorama das pragas mais agressivas e frequentes.
Um dos focos nesta safra é o combate à helicoverpa armígera. A identificação precoce da espécie é fundamental para o controle da lagarta, antes que as plantas e a produção sejam prejudicadas.
Além da armadilha luminosa, o Ima ainda vai trabalhar com outro modelo, onde o macho é atraído por uma plaquinha com o hormônio sexual da mariposa fêmea e acaba preso em uma fita adesiva.
O pesquisador Miguel Soria explica que a armadilha luminosa com a placa de energia solar e bateria custa em média R$ 2 mil e deve ser colocada a cada 5 hectares. Já a delta, a que usa o hormônio, sai mais barata, cerca de R$ 200, mas é preciso usar mais, uma a cada 100 metros.
O agricultor Paulo Sérgio Aguiar comprova a eficácia das armadilhas. Este ano ele, cultivou 24 mil hectares de soja na região sul de Mato Grosso. A área foi monitorada pelo Ima e com a identificação das pragas, o controle da lagarta ficou mais fácil.
Na próxima safra, ele vai plantar 4 mil hectares de algodão e não quer correr riscos, por isso, vai investir no sistema.
O dinheiro para o projeto de monitoramento vem do Instituto Brasileiro do Algodão.
Fonte: Globo Rural
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