Desde 2005, o Dia Nacional do Campo Limpo é comemorado no dia 18 de agosto como um marco no País para a preservação ambiental e para a saúde e segurança de produtores no meio rural. Idealizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), a data tem como objetivo mobilizar os envolvidos no programa de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. Desde 2002, por meio do Decreto 4.074, devolver as embalagens de agrotóxicos passou a ser lei. Entretanto, desde 2000, um programa já percorria o meio rural, oferecendo comodidade aos produtores de tabaco na devolução destas embalagens.  

Trata-se do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, desenvolvido anualmente de forma itinerante pelo SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco) e empresas associadas, em parceria com a Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil). Ao todo, são 570 municípios e 2,6 mil localidades percorridas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Com 12 anos, o programa é sucesso entre os produtores de tabaco: já foram mais de 10 milhões de embalagens recolhidas, inclusive de outras culturas. No Paraná, iniciativas semelhantes realizadas pelas centrais locais são apoiadas pelas empresas associadas ao SindiTabaco.

“Os produtores são avisados com antecedência e dois caminhões com equipe preparada para este tipo de coleta percorrem os municípios para recolher as embalagens tríplices lavadas, transportando-as então para os postos credenciados pelo InpEV”, destaca o coordenador do Programa, Carlos Sehn. Quem adere ao programa e entrega as embalagens tríplices lavadas, ganha recibos - fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental. Até o dia 28 de agosto o programa percorre o oeste catarinense. Veja os pontos de coleta.

Tabaco entre as culturas que menos utiliza agrotóxico

De acordo com pesquisas conduzidas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), a cultura do tabaco está entre aquelas que utilizam menos ingredientes ativos por hectare, em torno de 1,1 kg de IA/HA. Em plantações de outras culturas de alimentos este número sobe para mais de 30 quilos por hectare. “É importante lembrar que os investimentos em pesquisas realizados pelas empresas tem tornado a lavoura de tabaco brasileira a cultura de interesse econômico que menos utiliza agrotóxico. Isso se chama responsabilidade ambiental e promove a sustentabilidade do negócio”, diz o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.