Publicado em: 11/10/2013 às 16:10hs
Os Estados do Centro-Oeste foram detentores do maior volume de produção e da maior área de cultivo na última safra recorde de grãos de 2012/2013.
Foram 20,6 mil hectares cultivados, resultado em 77,6 milhões de toneladas de produtos, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa 38,6% da área cultivada e 41% do total produzido pelo agronegócio no Brasil. "Se não fosse o crescimento do agronegócio, nem ’pibinho’ nós teríamos. É o que está segurando a economia brasileira", afirma Marcelo Dourado, superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Oitavo PIB entre os Estados brasileiros, o Mato Grosso responde sozinho por quase 25% da produção nacional. Já Goiás e Mato Grosso do Sul contribuem com 9% e 7%. O Distrito Federal acrescenta ainda 04% dos produtos.
"Com uma base agropecuária se modernizando e custos de produção competitivos devido à ampla produção de grãos, grandes empresas dos setores agroindustriais foram para essas unidades da federação com o objetivo de aproveitar o potencial de matérias-primas oferta: das", diz Murilo Pires, técnico : do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O avanço se dá especialmente nos setores relacionados à Soja, leite e carnes. "Observam-se transformações importantes na estrutura de produção e geração de emprego, em particular, nos municípios que estão diretamente relacionados com a cultura da Soja", completa.
Memória. Nem sempre foi assim. Na série iniciada pela Conab em 1976, a Região Sul aparece na liderança em área cultivada e produção Agrícola no País até 2011, quando foi ultrapassada pelo Centro-Oeste.
"A estratégia adotada pelo governo federal de incrementar a participação da produção agropecuária e da indústria extrativa na pauta de exportações brasileiras tem contribuído significativamente para incrementai o dinamismo econômico de Centro-Oeste", diz Pires.
Entre 2002 e 2010, o PIB da região quase triplicou, passando de R$ 129,6 milhões para R$ 350,5 milhões. A expansão de 170% na economia do Centro Oeste só não foi maior do que registrado no Norte do Brasil (190%), segundo as Contas Regionais 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Social. A pujança do agronegócio e da economia do Centro-Oeste se reflete também nos indicadores sociais do índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre 1991 e 2010, os quatro Estados da região registraram crescimento médio de 49% no IDH e avançaram no ranking nacional. Apenas o Mato Grosso do Sul caiu da 8ª colocação para a 10ª, enquanto o Distrito Federal manteve a liderança, seguido por Goiás (8ª) e Mate Grosso (11ª).
Levantamento, do Ipea, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), observou que os municípios produtores de Soja, além de obterem IDH superior aos não produtores, apresentaram crescimento relativa maior entre 1991 e 2010.
Destaques
Extensão
Na safra 2012/2013, a Região Centro-Oeste teve 20,6 mil hectares cultivados (38,6% da área cultivada do País), com produção de 77,6 milhões de toneladas (41% do total nacional).
Competitividade
Com uma base agropecuária em modernização, os Estados do Centro-Oeste atraíram empresas do setor, com o objetivo de aproveitar o potencial do mercado de matérias-primas. Os principais avanços foram nos setores de Soja, leite e carnes.
Qualidade de vida
O avanço do agronegócio teve impacto positivo nos indicadores sociais do índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os municípios produtores de Soja, além de apresentarem um IDH maior que os não produtores, tiveram um crescimento relativo maior nos indicadores de 1991 a 2010.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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