Publicado em: 20/05/2014 às 16:20hs
A produção gaúcha de erva-mate vai ser maior este ano. Os agricultores voltaram a investir na cultura e estão satisfeitos com a qualidade e com o preço pago pela indústria.
A habilidade na hora do corte vem da experiência de quase três décadas na lavoura de erva-mate e nesta época do ano, o trabalho no campo só para quando o sol se põe. Jânio Godoy espera colher mais de 30 mil quilos da planta em 8 hectares plantados na propriedade que fica em Venâncio Aires, região central do estado.
Assim como ele, outros agricultores estão otimistas com a cultura. A família de Sérgio Halmenschlager voltou a investir na propriedade, depois de muitos anos.
O verde intenso dos ervais é sinal de qualidade e garantia de preço justo na hora da venda. Hoje, o produtor recebe, pelo menos, R$ 1 pelo quilo de erva-mate natural comercializado, mas há dois anos esse valor não se aproximava de R$ 0,50.
O aumento no preço tem a ver com a redução na oferta do produto. A falta de estímulo e de valorização nos últimos anos, fez com que produtores esquecessem das lavouras.
Em 2013, a situação mudou. A indústria sentiu a escassez de matéria-prima e se obrigou a pagar mais pelas folhas. Alguns municípios chegaram a distribuir mudas para que fossem replantadas nos ervais existentes.
Para este ano, a expectativa é de um aumento de 20% na produção. Serão quase 300 mil toneladas da planta em 30 mil hectares, segundo dados do Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate do Estado (Fundomate).
No Rio Grande do Sul, a maior parte da erva-mate é cultivada. No Paraná e em Santa Catarina, outros estados produtores importantes, a colheita é feita em plantas nativas.
Fonte: Globo Rural
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