Publicado em: 05/12/2013 às 20:40hs
Para discutir a cadeia de produção e comercialização destas sementes, foi realizado no último dia 04, na Embrapa Pecuária Sul, o II Fórum sobre Produção de Sementes Forrageiras. O evento reuniu na sede da instituição, em Bagé (RS), produtores rurais, pesquisadores, técnicos e representantes do comércio para discutir o tema e propor encaminhamento para um melhor desenvolvimento desta atividade.
Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, o mercado de sementes de espécies forrageiras está passando por um momento de transição, sendo que a maioria da produção ainda é informal. “Precisamos incentivar uma cadeia produtiva mais organizada e disponibilizar ao produtor rural sementes de alta qualidade e certificadas”, ressaltou. Gustavo Martins da Silva salientou ainda que o mercado deve crescer com o lançamento de novas cultivares de espécies forrageiras de clima temperado, fruto de convênio entre a Embrapa, a associação de produtores Sulpasto e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Durante o fórum foram apresentados resultados técnicos de algumas pesquisas desenvolvidas por instituições da região Sul. O professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Carlos Eduardo Pedroso apresentou a pesquisa sobre rendimento na produção de sementes de cultivares de azevém, especialmente os resultados a partir do uso de adubação. Da mesma instituição, Manoel de Souza Maia falou sobre a importância da obtenção de sementes com alta germinação e vigor.
A produção de sementes de espécies leguminosas também foi abordada durante o fórum. O pesquisador Gustavo Martins da Silva apresentou resultados de pesquisas realizadas sobre aspectos técnicos e econômicos na produção de sementes de cornichão e de trevo vermelho. Já a pesquisadora do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA), do Uruguai, relatou as experiências daquele país na produção de sementes de leguminosas, ressaltando que há muito tempo existe uma preocupação de oferecer no mercado sementes de qualidade.
Na parte da tarde, foi a vez dos produtores de sementes apresentarem as dificuldades e expectativas com o mercado de sementes de forrageiras. Segundo o produtor de Bagé, Luís Fernando Riehling da Silva, um dos grandes entraves pra uma maior produção de sementes é justamente a indefinição de como vai ser regulado este mercado. “O produtor se sente inseguro, pois não tem garantias de como escoar sua produção e qual vai ser o preço pago pelas sementes”, disse. Já o presidente da Sulpasto, associação que reúne diversas empresas de produção e comercialização de sementes, Sadi Pereira ressaltou que o lançamento de novas cultivares de 13 espécies que estão previstas para os próximos anos será um incentivo para ampliar o número de produtores e também de sementes de alta qualidade no mercado da região Sul do país.
Fonte: Embrapa Pecuária Sul
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