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Presidente da Famato prevê crescimento de 44% na agricultura

O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, disse, durante o Congresso de Agronomia em Cuiabá, que em 50 anos a produção de grãos do Brasil cresceu três vezes em área e 10 vezes em volume


Publicado em: 22/11/2013 às 18:20hs

Presidente da Famato prevê crescimento de 44% na agricultura

"Isso se deve também ao trabalho dos engenheiros agrônomos", elogiou.  A palestra foi ontem, no Centro de Eventos Pantanal, com o título: Agricultura de base empresarial numa visão de consumo e geração de emprego e renda – em segurança alimentar e nutricional, Rui enfatizou que nos últimos 30 anos, o Brasil passou de importador para exportador.  As exportações quadruplicaram e o agronegócio se tornou responsável por 39% do total dos envios nacionais.

"O que garante o superávit da balança comercial brasileira é justamente o saldo do agronegócio que é de 79,4 bilhões", destaca Rui.  Mesmo assim, somente 50% da soja produzida no Brasil é exportada. O restante é processado para ser consumida como, entre outros, óleo de cozinha e frango, já que boa parte da nutrição desta ave é de farelo de soja.

Para Rui, o agronegócio é um dos setores que mais emprega. "Entre 2006 e 2012 houve um aumento de 16%  nas vagas ofertadas. A cada dois empregos gerados na produção de soja, por exemplo, um emprego indireto é gerado e mais oito também são criados por indução do consumo das famílias".  Atualmente, o setor gera cerca de 5,2 milhões de oportunidades de trabalho.

Com um olhar otimista para o futuro, o  presidente do Sistema Famato/Senar explica que em 2012 a área plantada era de 52 milhões de hectares. Esse número chegará a 61 milhões de hectare em 2022. Com esse crescimento, haverá também um aumento na geração de emprego. "A expectativa é que a agricultura cresça 44% e a pecuária 14%".

Rui Prado também falou sobre a logística e ressaltou que com a conclusão da BR 163, rodovia que cortará Mato Grosso de leste a oeste e a implantação de hidrovias ficará mais fácil escoar a produção. Consequentemente, o produto mato-grossense ficará  mais competitivo.

A qualificação de mão de obra também preocupa o presidente. "Precisamos de mais gente qualificada, pessoas que saibam fazer o trabalho no campo", enfatizou.  Ele contou ainda que este ano, em Gaúcha do Norte, houve áreas que ficaram sem produzir por falta de pessoas especializadas para operar as máquinas e implementos agrícolas.  "Nossa meta é qualificar um milhão de trabalhadores até 2020 com os treinamentos oferecidos pelo Senar-MT em parceria com os sindicato rurais".

Rui ainda falou da carga tributária e da escolaridade do trabalhador rural. Produto Interno Bruto, preço da cesta básica e consumo também foram assuntos da palestra.