Tentando evitar atravessadores, 36 produtores de batata doce de Braúna (SP) se reuniram para fundar uma cooperativa, que deverá vender o produto diretamente para as redes de varejo e indústria. Com ainiciativa, o faturamento deve crescer até 50%, segundo o líder dos produtores, Flavio Giussani.

Para conseguir vender toda a produção de 2015, estimada em 2.500 toneladas, o grupo irá destinar cerca de R$ 400 mil de recursos próprios na construção de um galpão de 500 metros quadrados e um lavador de batatas.

Além de lucrar mais, a estrutura evitará o desperdício de batatas doce. Segundo Giussani, apenas 60% é comercializado pelos atravessadores. O resto é descartado. “Nossa estratégia é realizar a venda direta para o atacado e varejo, e, ao mesmo tempo, industrializar o que é descartado, com a produção de etanol e doces”, diz o líder dos produtores.

O modelo a ser usado na nova cooperativa é inspirado na Cooperativa Castrolanda, em Castro (PR), que beneficia batatas. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de São Paulo (Sescoop), os produtores irão visitar a unidade paraense para capacitar os cooperados. “A união deles representa um avanço econômico e social na região, pois ganharão escala, diminuirão custos de produção e serão donos do seu próprio negócio. Isso significa melhorar a produtividade e a renda das famílias, e movimentar a economia da região”, afirma Edivaldo Del Grande, presidente da Sescoop-SP.