Publicado em: 06/03/2015 às 11:50hs
A colheita do milho avançou 10 pontos percentuais nesta semana no Rio Grande do Sul e atingiu 50% da área plantada, conforme levantamento da Emater/RS, serviço gaúcho de assistência técnica e extensão rural. Em seu informativo semanal, a Emater/RS relata que devido à situação climática favorável, as expectativas são de uma excelente safra, independente da fase em que as lavouras se encontram, tanto as implantadas na época considerada “do cedo”, como as nos períodos normais ou mesmo tardios.
Segundo o informativo, em importantes regiões produtoras como Santa Rosa e Ijuí a colheita se aproxima do final, atingindo respectivamente a marca de 80% e 90% da área plantada. Os técnicos observam que nessas regiões “as produtividades têm surpreendido até os mais otimistas, registrando retiradas que giram ao redor dos 6 mil kg por hectare, como média regional".
Os técnicos observam que, devido à atual fase em que as lavouras se encontram, é provável que na próxima semana seja possível estimar o tamanho da safra. “Ao que tudo indica deverá ser uma das melhores da história”, dizem eles. Em relação aos preços, com o mercado abastecido de forma tranquila e sem problemas de oferta, o cereal está sendo comercializado a R$ 23,17/saca, valor 0,3% inferior ao do mesmo período do ano passado e 6% abaixo do início de março de 2014. O preço recuou 10,8% em relação à média de 2010 a 2014 e caiu 12,5% comparativamente a média de março nos últimos cinco anos.
Arroz
No comentário sobre as lavouras de arroz, a Emater/RS comenta que a momento a colheita atingiu até agora apenas 14%, quando este percentual deveria alcançar os 30% da média histórica. Segundo os técnicos, os produtores esperam acelerar o processo nos próximos dias, tendo em vista que 49% da área começam a entrar em fase de maturação de forma mais significativa.
Na avaliação dos técnicos, as lavouras de arroz vêm apresentando boas condições até o momento, mas a soma das dificuldades ocorridas desde o início do plantio, como o excesso de chuvas e a menor luminosidade, especialmente em janeiro, poderá influir nos resultados finais em relação à produtividade. Eles observam que as lavouras plantadas “no cedo” estão com produtividade inferior ao desejado pelos produtores, que esperam compensar com melhores rendimentos nas áreas semeadas “no tarde”. Na Campanha e Fronteira Oeste, sucessivas inundações em locais próximos a rios e arroios ocasionaram perda de parte de algumas lavouras.
Nesta semana o valor da saca de 50 kg ficou praticamente estável, com recuo de 0,14% para R$ 36,58. O preço atual também está em linha com o mesmo período do ano passado, mas apresenta alta de 8,7% em relação à média de 2010 a 2014 e está 11,9% acima da média registrada em março nos últimos cinco anos.
Soja
As expectativas continuam sendo de produtividade alta produtividade para a soja no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater, a maior parte das lavouras se encontra na fase final de enchimento de grãos (80%) e 13% iniciando a maturação de forma mais acelerada. A colheita está na fase inicial e atingiu pouco mais de 2% da área. Os rendimentos estão em torno de 3 mil kg por hectare.
Os técnicos da Emater/RS comentam que a grande presença do inóculo da ferrugem asiática impõe monitoramento constante das lavouras e provoca uso intensivo de fungicidas. Apesar do monitoramento e uso de fungicidas, atingindo em alguns casos quatro aplicações na mesma área, algumas lavouras apresentam incidência elevada da ferrugem asiática, provocando queda de folhas e antecipação da maturação.
Eles dizem que de maneira geral o manejo fitossanitário é considerado satisfatório, apesar das poucas exceções. Os profissionais de campo e produtores rurais relatam que embora seja possível observar perdas em determinadas áreas, “representam muito pouco relativamente ao total semeado, não alterando a perspectiva de uma excelente colheita”.
Devido à oscilação cambial, o preço médio da soja subiu 1,30% nesta semana no mercado gaúcho, passando para R$ 58,56. Em relação ao mesmo período do ano passado a alta é de 4,68%. Comparativamente a média de março dos últimos cinco anos o preço está estável, mas ante a média de 2010 a 2014 a queda é de 13,9%.
Fonte: Globo Rural
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