Publicado em: 25/08/2025 às 10:00hs
A mamona vem se consolidando como uma alternativa estratégica para regeneração de solos em sistemas de rotação de culturas no Cerrado, com maior destaque em estados como Bahia e Mato Grosso. O cultivo contribui para reduzir a compactação do solo e melhorar sua capacidade de retenção hídrica, trazendo benefícios diretos à sustentabilidade da produção agrícola.
Segundo Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO — joint venture entre Bunge e UPL — a mamona possui raízes profundas que auxiliam na descompactação do solo, no controle natural de nematoides e até na recuperação de pastagens degradadas. Além disso, a cultura demanda menos água para completar seu ciclo, sendo indicada para áreas de baixa fertilidade.
“A mamona demanda menos água para fechamento do seu ciclo em relação a outras culturas utilizadas no Cerrado e ainda contribui para uma estruturação mais eficiente do solo e maior retenção hídrica, principalmente em áreas de baixa fertilidade”, explica Borges.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que a área plantada de mamona no Brasil atingiu 64,2 mil hectares na safra 2024/25, alta de 9,4% em relação ao ciclo anterior. A produtividade também cresceu, alcançando 1.693 kg/ha.
A Bahia lidera a produção nacional, com 36,3 mil toneladas, seguida por Mato Grosso, com 1.814 toneladas. No mercado, a valorização da mamona reforça o interesse: em janeiro, a saca passou de R$ 199,70 para R$ 272,50, alta de 36%.
A ORÍGEO incentiva produtores a incluírem a mamona em programas de agricultura regenerativa, especialmente durante a entressafra. Segundo Borges, a estratégia aumenta a diversidade produtiva, melhora a saúde do solo, interrompe ciclos de pragas e fortalece a resiliência frente às mudanças climáticas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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