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Mamona ganha destaque na recuperação de solos degradados e impulsiona a agricultura regenerativa no Cerrado

Com raízes profundas e resistência a climas secos, a cultura contribui para a regeneração do solo e oferece alternativas sustentáveis à indústria e à produção de biocombustíveis.


Publicado em: 27/11/2025 às 12:30hs

Mamona ganha destaque na recuperação de solos degradados e impulsiona a agricultura regenerativa no Cerrado
Mamona se consolida como aliada da agricultura regenerativa

Tradicionalmente cultivada em regiões semiáridas, a mamona (Ricinus communis L.) vem se destacando como uma cultura estratégica para a recuperação de áreas degradadas e para práticas de agricultura regenerativa.

Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a planta apresenta alta adaptabilidade a solos de baixa fertilidade e climas secos, desenvolvendo-se bem mesmo em ambientes com pouca disponibilidade de água e nutrientes.

Devido à sua resistência natural, a mamona tem sido adotada em projetos voltados à regeneração de ecossistemas agrícolas no Cerrado brasileiro, especialmente nas regiões do MATOPIBA, Pará, Rondônia e Mato Grosso.

Raízes profundas e benefícios diretos ao solo

As raízes da mamona são profundas e vigorosas, o que favorece a aeração do solo e a infiltração de água, além de contribuir para o retorno de nutrientes à terra.

De acordo com Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO – joint venture entre a Bunge e a UPL, voltada a soluções sustentáveis –, essa característica faz da cultura uma ferramenta valiosa para recompor solos degradados e, ao mesmo tempo, gerar retorno econômico ao produtor.

“A mamona tem papel importante na agricultura regenerativa. Suas raízes ajudam a soltar o solo, facilitam a entrada de água e devolvem nutrientes para a terra. É uma cultura resistente, que recupera áreas degradadas e ainda oferece rentabilidade ao agricultor”, destaca Borges.

Potencial industrial e uso sustentável da planta

Além de seu papel ambiental, a mamona também se destaca pela versatilidade na indústria. O óleo extraído de suas sementes é utilizado na fabricação de cosméticos, tintas, plásticos biodegradáveis e medicamentos.

O grão é uma alternativa renovável para a produção de biodiesel, enquanto o farelo resultante da extração do óleo pode ser empregado como fertilizante natural, enriquecendo novamente o solo e fechando o ciclo de sustentabilidade.

“A mamona ajuda o solo a se recuperar, como se fosse um alimento para a terra, e ainda gera produtos com valor agregado, como combustíveis e cosméticos. É uma opção que une sustentabilidade e produtividade”, reforça o especialista da ORÍGEO.

Sustentabilidade e rentabilidade lado a lado

Com benefícios que vão desde a melhoria da qualidade do solo até a geração de renda sustentável, a mamona surge como uma alternativa viável para produtores que buscam integrar conservação ambiental e competitividade econômica.

A combinação entre baixo custo de cultivo, resiliência climática e diversas aplicações industriais reforça o potencial da cultura como protagonista da agricultura regenerativa no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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