“Será um período de neutralidade desses fenômenos climáticos, repetindo em parte o que aconteceu na safra passada, com a primavera dentro de uma normalidade de precipitações e o verão abaixo da média”, afirmou. “A geada generalizada, que nesse ano afetou o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e região sul de São Paulo, ocorreu devido à massa de ar polar, que também ocasionou a neve em Curitiba. A neutralidade e assim frentes frias e massas de ar polar ganham amplitude e agem, aumentando o gelo no polo sul”, reiterou.

Chuvas - “Em anos de neutralidade climática, as chuvas até chegam no período certo, mas como as chuvas ocorrem em todas as regiões, pode ocorrer pequenos períodos de estiagem, pois a frente fria irá provocar chuvas no Sul do Brasil e ao avançar sobre o Sudeste e Centro-Oeste, também irá gerar chuvas sobre essas regiões, assim, abre um espaço sem chuvas no Sul do Brasil e vice-versa – quando estiver chovendo no Sul o Centro-oeste e Sudeste ficará sem chuvas e, portanto, num pequeno período de estiagem”, disse. Ainda de acordo com o  agrometeorologista,  nos próximos 25 anos haverá mais La Niña do que El Niño, fato que deverá provocar veranicos mais frequentes durante esse período, ao longo dos verões.

Balanço - O diretor-presidente da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues, apresentou o balanço do ano, que está positivo, inclusive com a revisão orçamentária feita recentemente, elevando o faturamento do ano para R$ 2,6 7 bilhões, com o resultado superando R$ 80 milhões. “Está sendo um bom ano, e esperamos apresentar o melhor resultado da história, nos 50 anos de fundação da Cooperativa que serão comemorados em março de 2014. A data é marcante e estamos trabalhando para isso”, frisou.

Plano de negócios - Na reunião do Comitê Educativo Central foi exposto também o Plano de Negócios para Grãos. São modalidades de depósito e fixação de produtos com novidades a partir dessa safra e que serão apresentadas nas reuniões do Comitê de Agricultura (Cooper Agri), de 15 a 20 de agosto.

Avaliação - Associados presentes à reunião ressaltaram a importância se receber com antecedência essas informações da safra, o que possibilita uma ação eficaz para diminuir a incidência do fenômeno, minimizando as perdas. Jonir Antonio Serraglio, por exemplo, associado da Unidade de Ramilândia, foi objetivo na apresentação da sua estratégia de implantação da lavoura, com plantio escalonado e diferentes variedades.  “É o velho ditado de não colocar todos os ovos em uma cesta apenas. O plantio com uma semana de diferença, também pode salvar a lavoura”.

 Antecipação do plantio  - Já Neuri Parizotto, associado por Matelândia, disse que, pela previsão, com as chuvas em setembro, vai antecipar o plantio, que dará condições também de implantar a 2ª safra de milho. “Mesmo que as chuvas ocorram de forma irregular, a melhor opção, pela apresentação da previsão climática, é antecipar o plantio, fugindo do veranico em janeiro. “Essa será a minha ação”, disse o associado. Como o clima se assemelha a ultima safra, onde houve produtividades recordes, vamos plantar com tecnologia e com confiança, finalizou Neuri.

 Diálogo  - Ademir Roque Beathalter, associado pela Unidade de São Roque, ressaltou a importância do produtor dialogar com os profissionais da área técnica para definir a melhor variedade a ser plantada na sua propriedade. Como a previsão para a safra desse ano se assemelha à do ano passado, a planilha da agricultura consciente que é disponibilizada aos associados deve ser consultada e servirá de base para a melhor tomada de decisão. “De posse dessas informações, analisar o que é melhor, traçar sua estratégia, talvez plantando uma cultivar de ciclo mais longo, fugindo das variedades precoces”, declarou.