Publicado em: 31/10/2025 às 15:00hs
Além de economizar água, tecnologias de microirrigação e irrigação por gotejamento se destacam por reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e minimizar impactos ambientais na agricultura. Soluções como as da multinacional Rivulis auxiliam produtores a enfrentar desafios climáticos e otimizar a produção de forma sustentável.
Segundo Eran Ossmy, presidente da Rivulis, “os sistemas de gotejamento não apenas conservam água, eles reduzem as emissões de óxido nitroso e o escoamento de nutrientes, criando múltiplos benefícios ambientais a partir de um único investimento”.
Uma meta-análise global publicada na revista Global Change Biology aponta que sistemas de gotejamento emitem 32% menos óxido nitroso (N₂O) em comparação com irrigação por sulco e 46% menos em relação à aspersão. Considerando que o N₂O é quase 300 vezes mais potente que o CO₂ no efeito estufa, essa redução é altamente relevante para a sustentabilidade agrícola.
Wagner Silva, engenheiro civil e gerente de projetos da Rivulis no Brasil, explica que “o gotejamento entrega água em doses controladas diretamente na zona radicular, evitando a saturação do solo e minimizando os ‘pulsos’ de N₂O após a aplicação de fertilizantes”.
Pesquisas internacionais reforçam os resultados: um estudo na Califórnia (2022) com capim-sudão mostrou que o gotejamento subsuperficial reduziu 59% das emissões de N₂O por unidade de rendimento, aumentou a produtividade em 6% e diminuiu o consumo de água em até 49%. Experimentos com alfafa também registraram 38% menos emissões de N₂O e 7% mais rendimento, evidenciando que a irrigação eficiente alia ganhos ambientais e produtividade.
Além da redução de gases, a irrigação por gotejamento contribui para a conservação do solo e diminuição da poluição da água. A entrega controlada de água e nutrientes evita lixiviação e escoamento químico, protegendo rios e lençóis freáticos e prevenindo erosão e salinização do solo, especialmente em regiões áridas ou inclinadas.
O método também proporciona economia de energia, já que utiliza menos água e opera sob pressões menores em comparação à irrigação por aspersão. Em regiões onde bombas a diesel são comuns, o gotejamento pode reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO₂ associadas. Para pequenos produtores, há ainda a possibilidade de usar sistemas gravitacionais ou bombas solares, eliminando a necessidade de energia fóssil.
A adoção de irrigação por gotejamento combina eficiência hídrica, redução de emissões, preservação do solo e economia de energia, tornando-se uma ferramenta estratégica para agricultores que buscam maior produtividade sem comprometer o meio ambiente.
Fonte: Portal do Agronegócio
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