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Governo identifica novos portos para escoar safra recorde de grãos do Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que a safra de grãos brasileira – período 2013/2014 – deve atingir o número recorde de 193,6 milhões de toneladas


Publicado em: 14/02/2014 às 14:40hs

Governo identifica novos portos para escoar safra recorde de grãos do Brasil

O aumento é de 3,6% em relação à safra 2012/2013, quando foram registradas 186,9 milhões de toneladas.

No ano passado, o Brasil enfrentou sérios problemas – rodovias precárias, falta de ferrovias e filas de caminhões no acesso aos portos, por exemplo - para transportar os grãos das fazendas até os portos. Mas em 2014, o ministro dos Transportes, César Borges, garante que o governo tomou medidas para diminuir os transtornos e oferecer a logística necessária para o escoamento mais rápido e barato da produção.

Uma das principais ações foi a identificação de novos portos que podem receber parte da safra, principalmente a soja do Centro-Oeste que, na atualidade, é exportada pelo Sul e Sudeste – os terminais de Santos, em São Paulo, e o de Paranaguá, no Paraná, sempre são os mais procurados. Segundo o ministro, os portos do chamado ‘Arco Norte’ podem se tornar novas rotas para os agricultores.

O governo identificou como possibilidade os portos de Miritituba (PA), Vila do Conde (PA), Santarém (PA), Itacoatiara (AM) e Salvador (BA). O terminal de Miritituba, por exemplo, se localiza a apenas a aproximadamente 900 km dos maiores municípios produtores de soja e milho do país, o cinturão agrícola formado por Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, no Mato Grosso.

Borges garante que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está trabalhando para melhorar as condições das estradas e garantir a acessibilidade aos portos do Arco Norte - uma das principais exigências é melhorar a estabilidade do pavimento. Na parte ferroviária, ele citou como avanço a eliminação de passagens em nível próximas ao porto de Santos.

Agendamento- Outra medida importante será o agendamento prévio dos caminhões, que serão monitorados desde a saída da lavoura até o desembarque nos portos. “É o que estamos chamando de agendamento prévio, para que não haja filas e para que não cheguem aos portos uma quantidade excessiva de caminhões. Com essas medidas, temos certeza que vamos minimizar ao máximo a questão do escoamento da safra”, disse Borges.