Publicado em: 27/02/2014 às 14:50hs
O representante da Faesc na Comissão do Fumo e presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Irineópolis Francisco Eraldo Konkol explica que a dificuldade em aderir a mecanização pode prejudicar os pequenos produtores pelos altos investimentos necessários e pelas condições topográficas. A utilização de máquinas é possível em áreas de pouco declive e a maioria dos pequenos produtores tem áreas muito acidentadas.
Além disso, falta cultura associativista para se organizarem em associações e promoverem a aquisições coletivas de insumos, máquinas e equipamentos.
“Com certeza as empresas preferirão os produtores maiores e mecanizados porque estes produzirão por 10 ou mais pequenos, otimizando a assistência técnica a aumentando a produtividade”, prevê Konkol.
Com a crescente falta de mão de obra no campo e as complexas exigências da legislação trabalhista, a mecanização será um caminho irreversível. Exemplo disso é a Norma Regulamentadora 31 que trata das condições de trabalho rural que, somado aos efeitos dos programas sociais do governo federal, dificulta a contratação da mão de obra na agricultura de um modo geral.
Apesar disso, a atual situação da fumicultura é promissora porque a produção de tabaco no momento é muito favorável, com o mercado valorizado. Nas regiões onde o tabaco está em fase adiantada de comercialização, o aumento médio das venda pelos produtores, em relação a safra anterior, está acima de 12%.
Atualmente, a colheita do tabaco da variedade Virginia é totalmente manual. A colheita é mecanizada somente em alguns experimentos das empresas fumageiras. No cultivo do tabaco Burley, a colheita mecanizada é mais difundida pelo fato do pé ser retirado inteiro, facilitando a operação com máquinas.
A contratação de mão de obra para a colheita do tabaco tem aumentado. Dois fatores contribuíram para isso: a diminuição do tamanho das famílias rurais e também as restrições do emprego de menores de 18 anos e maiores de 60 anos. Cerca de 30% da mão de obra é de contratação temporária.
BASE PRODUTIVA
Em Santa Catarina, 51.000 produtores cultivam 117.128 hectares com fumo e obtém uma produção de 246,3 mil toneladas por ano. A produtividade é de 2.103 kg por hectare. O perfil predominante do produtor de tabaco é de pequeno porte (90%) e médios (10%), de acordo com pesquisa da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil). A propriedade média do produtor de tabaco em território catarinense é de 16 hectares.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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