Publicado em: 20/06/2014 às 09:30hs
Conforme previsto pela Climatempo, fortes áreas de instabilidade avançaram sobre a costa do Nordeste, provocando chuva intensa em Natal durante o fim de semana. De acordo com o Inmet, o total acumulado de chuva chegou a 353 milímetros, e deste total, 222 mm ocorreram somente entre sábado (14) e domingo (15).
Mas a chuva que caiu forte sobre o litoral não chegou ao interior do Rio Grande do Norte, onde 93% das produções ficam concentradas. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faern), José Vieira, todas as barragens da região central estão com nível abaixo de 50%.
Devido à seca, as plantações de grãos vêm sendo prejudicadas, e muitas lavouras foram perdidas neste ano. De acordo com o presidente, o milho é o primeiro que sofre com a falta de chuva na região semiárida do Estado. O cereal foi plantado há 60 dias, entre os meses de fevereiro e maio, e deveriam ser colhidos agora em junho e julho, para os dias de São João e São José.
Porém, a boa vontade dos produtores não foi suficiente para que a colheita tivesse sucesso. “O produtor do Nordeste é otimista por natureza. Se o tempo está nublado, ele já começa a sorrir, então todos estavam animados, esperando quantidades boas de chuva para este ano.” A Conab previa uma produção em torno de 30 mil toneladas em todo o Rio Grande do Norte, mas esta previsão ficou longe de se tornar realidade.
Ainda não houve estimativa do quanto se perdeu com o plantio de milho no Estado, mas foi de máximo a metade do esperado. “A única plantação que não se perdeu foi a de milho irrigado, mas da mesma forma a fruticultura irrigada sofreu com a seca”, diz o presidente.
Por outro lado, esta chuva que se aproxima das regiões do litoral do Estado, faz com que os produtores se animem um pouco mais com os plantios de jerimum, feijão, e as hortaliças e a mandioca em Macaxeira, que também começam a ser plantadas agora. No caso da cana-de-açúcar, que vinha sofrendo bastante com a falta da chuva, também foi beneficiada nesses últimos dias de acumulados, que foram importantes para a sua recuperação.
Na próxima quinta-feira (19), feriado de Corpus Christi, os ventos úmidos que sopram do mar favorecem o aumento da nebulosidade e pancadas rápidas de chuva estão previstas para o interior do Rio Grande do Norte. Até sexta-feira (20), o tempo fica mais instável no litoral.
Para os próximos 15 dias, o interior fica sob o domínio de uma grande massa de ar seco que inibe a chuva. Já no litoral, os ventos úmidos que sopram do mar e a influência da ZCIT – Zona de Convergência Intertropical provocam chuvas frequentes a qualquer hora do dia, de acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento.
Sobre o Grupo Climatempo
O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêutica e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
Fonte: Linhas Comunicação
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