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Em um ano, produtor do Campo das Vertentes colhe 27.500 quilos de pimentões

Localizada no município de Antônio Carlos, às margens da estrada Barbacena – Ibertioga, a Fazenda Santa Luiza é assistida pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Olericultura, promovido por meio da parceria entre o Sistema FAEMG/SENAR/INAES e o Sindicato Rural de Barbacena. A assistência teve início em janeiro de 2020


Publicado em: 25/05/2021 às 09:20hs

Em um ano, produtor do Campo das Vertentes colhe 27.500 quilos de pimentões

Foi neste período que o produtor João Procópio começou o cultivo, em uma estufa, de pimentões coloridos. As primeiras colheitas foram realizadas em duas semanas do mês de maio de 2020, contabilizando 945 quilos. “Entre janeiro e maio do ano passado, ele manifestou interesse em aprimorar sua escala de produção, com a adição de mais duas estufas. Para tanto, buscou mais capacitação, principalmente na parte gerencial”, explicou o técnico Frederico Fernandes Vieira.

Ao todo, contando exclusivamente os períodos de lançamento de colheita no Sistema ATeG, que inclui o período de maio de 2020 a abril de 2021, foram colhidos aproximadamente 27.500 quilos de pimentões, que tiveram uma variação do maior valor pago pelo produto de R$ 5,95 o quilo ao menor valor pago, R$ 1,66 o quilo. “No mês de abril de 2021, foram colhidos 3.916,5 quilos de pimentões em duas estufas”, relatou Frederico.

De acordo com o produtor João, a fazenda sempre teve como atividade principal a pecuária leiteira. Hoje, não produz mais leite. “Tenho apenas algumas cabeças de gado para corte, com intenção de aproveitar os pastos da propriedade. É uma atividade secundária.” Isso porque, em 2019, João deu início à cultura de abacate, além de plantar alguns grãos, como feijão. Hoje, são cerca de 700 pés de abacate.

“Como é uma cultura com retorno de longo prazo, iniciei a plantação de pimentão colorido em estufa, a fim de equilibrar as contas enquanto os abacateiros se desenvolvem. Quando comecei a fazer os testes com os pimentões, veio a oportunidade de integrar o ATeG. Isso foi excelente porque, como se tratava de uma novidade, não sabia como acompanhar e quais eram os parâmetros a serem monitorados.”

Com o passar do tempo, percebendo que os pimentões eram uma cultura promissora, ele aumentou a capacidade de produção. Hoje são três estufas em funcionamento e duas em construção, com a previsão de início da construção de mais uma entre os meses de julho e agosto. “Duas estufas estão em produção e na terceira está sendo iniciada a preparação dos canteiros para seu segundo ciclo produtivo”, relatou o produtor.

O técnico explicou que as estufas se encontram em diferentes fases do manejo. “Isso possibilita o respeito à rotação de cultura, o controle fitossanitário e o aprimoramento técnico e operacional. Além disso, as estufas estão com plantios da cultura em períodos diferentes, o que proporciona ao produtor a continuidade de uma produção durante todo o ano, mitigando os possíveis impactos de uma variação do preço pago pelo produto no ano.”

A venda da produção segue dois caminhos. Um deles é por meio de compradores que recolhem a produção na fazenda e revendem no Ceasa de Belo Horizonte. Outra modalidade é a venda direta a atacadistas.

Crescimento

“O Programa ATeG foi e está sendo fundamental para a evolução do negócio. Como estava iniciando a atividade do plantio do pimentão sem nenhum conhecimento, as orientações técnicas foram muito importantes. O que julgo mais importante e fundamental é o levantamento dos resultados financeiros da cultura. Sem esta análise, estaria navegando no escuro. Foi acompanhando os resultados, mês a mês, que decidi ampliar o negócio”, destacou João.

Para ele, outro ponto importante do ATeG reflete diretamente nos colaboradores da propriedade. “O Programa preparou e conscientizou os trabalhadores da fazenda a respeito da importância do acompanhamento dos custos que envolvem a plantação. Hoje, todos têm a disciplina de anotar a quantidade de insumo usado, as horas trabalhadas em cada estufa e tudo que envolve a atividade de plantio.”

Aplicativo

O produtor está desenvolvendo um aplicativo que tem como objetivo controlar toda a produção de pimentão, incluindo mão de obra, insumos, vendas, com vistas a acompanhar os resultados.

“Para o desenvolvimento, o ATeG tem sido fundamental porque foi aplicando o que aprendi com os dados levantados pelo técnico que consegui desenvolver o aplicativo. Hoje, consigo acompanhar diariamente os resultados da produção de cada estufa. Penso que para crescer é preciso controle. Eu mesmo desenvolvendo o aplicativo fica da forma como considero ideal para gerir meu negócio”, afirmou João.

Com a ajuda de Frederico, o produtor está preparando o aplicativo de forma que possa implantar a rastreabilidade vegetal na produção, que permite o monitoramento e o controle de resíduos de defensivos agrícolas, com intenção de garantir credibilidade, segurança e qualidade.

“O ATeG veio para complementar todo o trabalho desenvolvido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES junto aos produtores e trabalhadores rurais, trazendo benefícios inclusive para o Sindicato porque se temos um produtor que se vê como empresário rural, ele enxerga a importância da entidade. Ele entende que sua propriedade precisa ser trabalhada como uma empresa. Ao trabalhar a rastreabilidade, o produtor agrega porque a tendência é que seus produtos sejam ainda mais valorizados, visto que o consumidor poderá acessar informações sobre o processo de produção e terá respaldo quanto à segurança alimentar”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Barbacena, Renato Laguardia.

Fonte: SENAR MG

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