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Crambe como alternativa para safrinha

Para melhorar a produtividade de todo o sistema de produção agrícola, o produtor rural pode utilizar a rotação de culturas


Publicado em: 03/12/2013 às 10:50hs

Crambe como alternativa para safrinha

Uma alternativa para compor o sistema na safrinha é o crambe, que foi trazido para o Brasil e registrado pela Fundação MS. A planta possui um ciclo rápido de produção (90 dias) e com potencial de comercialização no Estado, o que gera benefícios econômicos. O tema foi discutido durante apresentação de resultados da safrinha 2013, realizada nesta semana em Campo Grande e Amambai.

O pesquisador de fitotecnia da Fundação MS, Carlos Pitol, reforça os benefícios do cultivo da planta, que corrige problemas na propriedade que não são vistos a “olho nu”, mas são notados nos resultados da produtividade. “Uma das características importantes da cultura do crambe é que apresenta boa tolerância a pragas e cobertura de solos no período do inverno”, frisa o pesquisador, que cita também o uso do grão para produção do óleo diesel e nas indústrias químicas, como as de plásticos e óleo para transformadores elétricos.

Um dos benefícios em utilizar o crambe é o baixo custo de produção, produtor tem mais segurança e os riscos são menores. Este custo de produção está em torno de R$ 350 a R$ 500 por hectare, com uma produção comercial em torno de 1.000 a 1.500 kg/ha.

Os valores do crambe estão atrelados ao preço da soja, que na última safra apresentou de 0,65 a 0,75 o kg, com compras efetuadas por empresas tanto do Estado como de Goiás.

Outra opção é o nabo forrageiro. “É uma cultura com forte característica ligada à melhoria do solo, reciclagem de nutrientes e cobertura para o plantio direto”. Também tolerante a seca, a acidez do solo e a menor fertilidade.

Pitol destaca o principal valor econômico do nabo forrageiro, em que os benefícios que são usufruídos pela cultura sucessora, onde o milho se destaca como grande beneficiado. A cultura apresenta interesse econômico com o seu uso voltado para a produção de biodiesel, que significa garantia de renda.

Além dessas opções, Pitol dá ênfase para as culturas de aveia e trigo que incentiva o produtor a diversificar e assim gerar renda com a produção. “O momento é favorável para o produtor e realizar a rotação de culturas, lembrando que é de responsabilidade do produtor manter seu sistema safra/safrinha produtivo e a rotação faz parte desse processo”, destaca o pesquisador.

Fonte: Rural Centro

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