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Colheita de batata-doce biofortificada em Magé-RJ supera seca e alcança boa produtividade

Após um período com cerca de 40 dias de seca, o agricultor familiar Miguel Porto pôde comemorar a volta da chuva e colher a primeira safra de batata-doce biofortificada na sua propriedade rural, situada na cidade de Magé-RJ


Publicado em: 25/02/2014 às 07:50hs

Colheita de batata-doce biofortificada em Magé-RJ supera seca e alcança boa produtividade

Em uma área de dois metros quadrados e meio foi possível realizar uma colheita de 6 kg do cultivar. Fazendo uma projeção em grande escala, é possível considerar que em um hectare a produtividade alcançaria até 12 toneladas, lembrando que a média nacional de colheita de batata-doce, segundo a Embrapa Hortaliças, é de 8 toneladas por hectare. O município de Magé faz parte do grupo de cidades do Rio de Janeiro que recebem cultivares biofortificados, os outros municípios parceiros da Rede BioFORT são Pinheiral e Itaguaí.

Os pesquisadores José Luiz Viana e Mauro Sérgio Pinto, ambos da Embrapa Agroindústria de Alimentos, têm conferido de perto as ações promovidas em Magé e acreditam que o município é uma região chave no apoio à agricultura familiar. “Por ser uma região tradicional no cultivo de hortaliças e grãos em pequenas propriedades, a primeira experiência com a batata doce de polpa alaranjada indica uma bela perspectiva para essa parceria gerar frutos e ser mais uma opção de ganho de renda para esses agricultores”. Afirma José Luiz Viana.

Entres aqueles que recebem ações de biofortificação, somam-se ao todo 59 municípios em nove estados. O Piauí lidera com 42 municípios, seguido por Minas Gerais, com seis; e o Maranhão, que tem cinco. As ações são desenvolvidas também em 26 escolas agrícolas. Dezoito são do Piauí, três de Minas Gerais, duas no Maranhão e mais três nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia.

A Rede BioFORT é liderada pela pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, e envolve todos os projetos de biofortificação de alimentos pelo Brasil. Através de parcerias, como as feitas com as instituições de pesquisas HarvestPlus e AgroSalud, financiadas pela Agência de Desenvolvimento Internacional do Canadá (CIDA), pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e também pela Fundação Bill e Melinda Gates, a Rede  utiliza melhoramento genético  convencional,  para selecionar e  aumentar o conteúdo de micronutrientes dos seguintes cultivares: arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo. Novas culturas são geradas contendo maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco, fortalecendo assim o combate à deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que dentre as doenças provocadas, estão a anemia e a cegueira noturna.

Fonte: Embrapa Agroindústria de Alimentos

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