Publicado em: 21/03/2013 às 17:00hs
Produtos como alface, rúcula, couve, cebolinha, salsa, coentro, estão em média 30% mais caros para os comerciantes desde segunda-feira (18), diz a feirante Jéssica da Silva, que obtém esses alimentos de produtores da região da Serra de São Vicente.
Proprietário de uma banca de verduras na Feira do Porto, Fernando Campos explica que a alternativa para manter a clientela é não repassar o aumento, achatando a margem de lucro. “Se continuar chovendo assim vai diminuir a oferta na semana seguinte e isso reflete no preço”.
Ele acrescenta que desde dezembro a cotação de hortaliças, legumes e verduras tem oscilado, como consequência do período chuvoso. Preço da couve-flor, por exemplo, chegou a R$ 50 a caixa neste ano, mas agora está sendo adquirida pelo feirante por R$ 35. “Mas ainda está cara, porque o preço normal é de R$ 25 (caixa)”. Como a couve não tem sido fornecida por produtores locais, os comerciantes acionaram fornecedores de Goiás, diz Campos.
Feirante Nelza Lima revela que o preço pago pela alface americana aos produtores tem variado entre R$ 30 a R$ 35 desde dezembro. “Por isso estamos vendendo por um preço que oscila entre R$ 2 a R$ 3 a unidade, de acordo com o tamanho”. Adianta que o tomate salada sofreu nova alteração de preço esta semana e, na feira, está sendo ofertado pelo preço médio de R$ 5 (kg). Produto é trazido de Goiás, Paraná e São Paulo, assim como a cebola, que também está com o preço mais alto desde dezembro.
Apesar da majoração, a principal reclamação dos clientes é em relação à qualidade dos produtos, adianta Fernando Campos. Para a comerciante Roseli Twardowski, os alimentos mais prejudicados nesses dias chuvosos têm sido o tomate e quiabo. Entre as frutas, diz que a qualidade da laranja piorou e o preço subiu. “Eu compro uma vez por semana e alterno entre o supermercado e a feira”.
Alternativa encontrada para garantir a qualidade desses alimentos é adquiri-los diretamente com os produtores, revela a contadora Angelita Sena Amorim Reichenbach. “Assim a gente consegue obter alguns alimentos frescos como as hortaliças, que não são transportadas de longe”. Frequentador de feiras, o contador Manoel Galdino Delgado, comenta que o reajuste nos preços de hortaliças, verduras e legumes nesta época do ano é esperado, mas que alguns comerciantes praticam valores abusivos.
“Na semana passada, por exemplo, encontrei maxixe à venda por R$ 12 (kg), um absurdo”. Nesta semana, o produto está sendo ofertado por R$ 3 (kg). “Na verdade está tudo caro, em todo lugar. Tanto faz se você compra na feira ou supermercado”.
Fonte: A Gazeta
◄ Leia outras notícias