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Agronegócio ainda tem potencialidades a serem exploradas, diz Famasul

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - FAMASUL, Eduardo Riedel, afirma que, apesar da relevância do agronegócio, ainda há potencialidades a serem exploradas


Publicado em: 21/03/2014 às 14:30hs

Agronegócio ainda tem potencialidades a serem exploradas, diz Famasul

“O Brasil tem potencial para se tornar centro de matriz energética, tendo como base a ciência e as pesquisas desenvolvidas pelas academias”. Ele abriu a segunda edição do Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central - Canacentro, em Campo Grande. "Como devemos pensar no Brasil, especificamente o Centro-Oeste, como centro de matriz energética? É exatamente essa a missão deste Congresso, utilizar-se de discussões técnicas e palestras de especialistas com foco no desenvolvimento", afirmou. O evento que iniciou nesta quarta-feira (19), se estende até o dia 21 de março, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.

Durante a cerimônia de abertura, Riedel destacou o potencial produtivo do Centro-Oeste e do Brasil. “O setor é pré-destinado a ser competitivo e é exemplo de sustentabilidade, a ponto de preservar 61% dos nossos biomas”, afirmou.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Bionergia de MS (Biosul), Roberto Hollanda, o setor tem um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. “O setor sucroenergético do Centro-Oeste é considerado exemplo de sustentabilidade e traz desenvolvimento no âmbito econômico e social. Enfrenta problemas climáticos e de mecanização, mas tem feito sua parte e investe em tecnologia”, assegurou dando ênfase às conseqüências das atuais medidas governamentais em relação à gasolina.

Para o palestrante Alexandre Mendonça de Barros, engenheiro agrônomo e doutor em Economia Aplicada, o avanço tecnológico está associado diretamente ao crescimento da educação no país, fator que não tem sido verificado nos últimos 10 anos e impede o desenvolvimento econômico, inclusive do agronegócio. "A economia brasileira está estacionada, em padrão de crescimento muito baixo se comparado com as potencialidades que o país apresenta. Cito como exemplo o percentual de pessoas que deveriam cursar o ensino superior no Brasil, de acordo com a faixa etária, que caiu de 76% para 64% entre 2001 e 2011”, destacou Barros.

Além da tecnologia, Barros, que é também consultor da MB Agro, enfatizou que o acumulo de capital, o aumento da força de trabalho e a qualificação profissional são fundamentais para o desenvolvimento econômico. “No ranking mundial, estamos na 58ª posição no índice de inovação tecnológica, mesmo apresentando o 7º maior PIB mundial”, ressaltou ao considerar que o Brasil vive a doença de baixo crescimento econômico.

Com o PIB avançando apenas 1% e a inflação alta atinge 6,5%, durante sua apresentação no Canacentro, Barros enfatizou que a curto prazo não há prognóstico positivo para a economia. “Para o desenvolvimento econômico de um país é necessário que o PIB evolua principalmente com o ganho da produtividade, o que não vem ocorrendo”.

Referindo-se ao agronegócio, Barros destacou que o setor gerou superávit entre US$ 80 e 90 bilhões, sendo o responsável pelo equilíbrio da balança comercial, diferentemente de outros setores.

O mediador do debate sobre macroeconomia, o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, retratou sobre a falsa percepção do brasileiro em relação ao andamento da economia. “A tendência é acreditar que a economia melhorou, porque a renda individual aumentou, entretanto, crescemos bem menos que os países que saíram de crises recentemente, como os Estados Unidos”.

O Canacentro é promovido pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - FAMASUL e a Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul) em parceria com as federações de agricultura e pecuária de Goiás (Faeg), Mato Grosso (Famato) e Distrito Federal (Fape) e os sindicatos das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso e da Indústria e Fabricação de Etanol de Goiás.

Fonte: FAMASUL

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