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Agronegócio Responsável

Brasil, um país de soja e milho


Publicado em: 22/04/2013 às 15:10hs

Agronegócio Responsável

É bom para o Brasil e para o agricultor brasileiro que a soja e o milho estejam em alta no mercado mundial de commodities agrícolas, resultado de uma demanda que não para de crescer.

O Brasil figura como 1º e 3º produtor mundial de soja e de milho, respectivamente, e dos quase 53 milhões de hectares que cultiva, cerca de 80% são plantados com as duas culturas e das cerca de 185 milhões de toneladas de grãos que o País espera colher nesta safra, mais de 150 milhões são grãos de soja ou de milho.

A tendência de consumo de ambos os grãos é crescente, pois eles produzem bioenergia, além de alimento. Da soja sai o farelo que alimenta os animais domésticos que produzem a carne nossa de cada dia, além do óleo que cozinha o nosso alimento. O milho nos dá o grão que, junto ao farelo de soja, complementa o alimento de suínos, aves e bovinos, ademais de fornecer a farinha que participa da composição de inúmeros alimentos para consumo do homem.

Do óleo de soja também se faz o biodiesel e do amido de milho o etanol, combustíveis limpos e renováveis que movimentam os nossos veículos com muito menos dano ambiental do que os tradicionais combustíveis fósseis.

A produção de biodiesel no Brasil, Argentina e Estados Unidos, os maiores produtores mundiais, é feita majoritariamente a partir do óleo de soja. Já o etanol brasileiro é feito a partir da cana, mas o americano, chinês ou europeu é feito principalmente de milho. Mais de 150 milhões de toneladas do cereal são transformadas no biocombustível a cada ano e a expectativa para os próximos anos supera as 200 milhões de toneladas.

Devido ao aumento do consumo de soja e de milho para geração de bioenergia e considerando o aumento da demanda como alimento por causa da grande inclusão social em marcha nos países em desenvolvimento, parece racional tranquilizar o produtor quanto à inexistência de risco de uma superoferta desses produtos e sua consequente depreciação.

Está claro que o mercado não pode garantir a manutenção dos altos preços desses grãos, vigentes nas últimas safras, a menos que se repitam as causas que motivaram a sua alta: ocorrência de estiagens na zona do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), seguida de outra na zona do Mercosul e estoques reguladores no limite da responsabilidade. Uma vez repostos os estoques mundiais reguladores da oferta e da demanda, os preços certamente recuarão, mas não mais aos níveis de meia década passada, visto que os custos de produção também subiram na esteira do preço pago pelos grãos.

Produtor, continue investindo na soja e no milho; o mercado garante.

Fonte: Folha Web

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