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Agricultura: Desafios a serem superados como a dívida de R$ 17 milhões e a realização da 15ª Agrotins

O Governo do Tocantins enfrenta sérios problemas em setores estratégicos causados por dívidas e falta de investimentos. Somente na Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), os débitos ultrapassam os R$ 17 milhões


Publicado em: 23/02/2015 às 14:30hs

Agricultura: Desafios a serem superados como a dívida de R$ 17 milhões e a realização da 15ª Agrotins

O Governo do Tocantins enfrenta sérios problemas em setores estratégicos causados por dívidas e falta de investimentos. Somente na Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), os débitos ultrapassam os R$ 17 milhões. Em todas as pastas, a situação é a mesma: frota automotiva sucateada, equipamentos obsoletos, em desuso ou mesmo nunca utilizados, além de estruturas físicas carentes de reformas imediatas.

Para agravar ainda mais a situação, pagamentos atrasados de diárias desmotivam o cumprimento de atividades imprescindíveis que dependem do deslocamento de servidores da Capital para o interior.

O engenheiro agrônomo, Clemente Barros Neto, formado pela Universidade Federal de Goiás e com Pós-Graduação em Comunicação Rural pela Universidade de São Paulo (USP) é o atual Secretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins. Nesta entrevista, o gestor fala sobre a satisfação de assumir a pasta e dos desafios que devem ser superados, como a dívida de R$ 17 milhões que foi deixada pela gestão anterior.

Qual a situação da pasta quando o senhor assumiu?

Clemente Barros Neto – Foi com muita honra que assumi esta pasta à convite do nosso governador Marcelo Miranda, que vê o agronegócio como uma das prioridades do nosso Estado. As dificuldades são muitas, herdamos uma dívida de R$ 17 milhões, deste total R$ 8 milhões de gastos com obras, projetos, empresas de consultoria, telefonia e segurança; e mais de R$ 3,5 milhões que foram gastos para a realização da Agrotins 2014.

Estamos enfrentando ainda dificuldades administrativas, como a paralisação dos projetos de irrigação por falta da ação da administração passada. Somente no projeto São João, no município de Porto Nacional, o fornecimento de energia está interrompido pela falta de pagamento das contas desde outubro do ano passado, que somam R$ 294 mil.

No que diz respeito à infraestrutura, estamos instalados em um prédio que não foi construído com a finalidade de ser sede de uma Secretaria e precisamos valorizar e motivar nossos servidores, começando por proporcionar um ambiente adequado de trabalho.

Outra dificuldade é a de deslocamento para verificar e vistoriar as estruturas fora do prédio devido à falta de carros e combustível. Enfim, as dificuldades são muitas, mas estamos preparados, pois sabemos que podemos contar com o apoio do Governo para sanar todos estes problemas.

Neste primeiro momento, quais são os principais desafios que a sua gestão está enfrentando?

Primeiro é colocar a máquina para funcionar em seu devido lugar, dando prioridade aos projetos que são os carros chefes da Secretaria, que são os projetos de irrigação e o Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste (Prodoeste), que atinge 17 municípios. Outro desafio é a realização de mais uma Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), que este ano terá um tema que representa o grande potencial do nosso Estado de exportação que é a produção de grãos.

As dívidas estão sendo negociadas como forma de recuperar a credibilidade do Estado junto aos fornecedores. Estamos finalizando as negociações e este ano teremos um orçamento de pelo menos 40% a menos, sem comprometer a eficiência do evento. Já estamos a todo vapor com a organização deste grande evento que já é tradição no calendário nacional de feiras agropecuárias.

E para o futuro, quais são os projetos?

A nossa prioridade será o pequeno produtor, vamos desenvolver projetos de agricultura familiar, piscicultura e créditos fundiários para implementar este tipo de produção e incentivar para que pequenos produtores se tornem médios produtores. Atualmente 60% do que é produzido em nosso país é proveniente da agricultura familiar; precisamos dar total apoio a este segmento em nosso Estado. Também vamos intensificar a regularização fundiária por meio do Instituto de Terras do Tocantins (Intertins) e investir na qualificação da assistência técnica por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins). Além de dar continuidade aos projetos de irrigação e do Prodoeste que já foram citados.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Seagro TO

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