A temperatura amena e a chuva na medida certa garantem a qualidade da acelga. A situação estaria muito boa para o agricultor de Mogi das Cruzes, se as vendas não tivessem caído. “Está com muita oferta de produto. O Ceasa está entupido de mercadoria, então está meio devagar. Tem que melhorar um pouco”, diz o agricultor, Donizete dos Santos.

Mesmo assim, o preço ainda está bom para o produtor, um real a unidade. “Está razoável, ainda dá pra trabalhar com esse preço”, completa Donizete.

Em outro sítio de Mogi das Cruzes, para atender aos clientes no outono e no inverno a aposta também é nas variedades que podem ser refogadas como a acelga e o repolho. Elas compensam as vendas de alface que despencaram nos últimos dias.

A procura influencia a rotina de colheita. “Tem acelga que poderia ficar mais 15 dias até o ponto de colheita, mas como a procura está grande, ela está saindo antes da hora”, comenta o agricultor João Caviquioli.

Ele afirma que vai segurar o quanto puder o atual preço de um real a unidade. O valor já caiu neste mês com o aumento da oferta, mas ainda dá lucro. “Dá pra tirar uns 80% de lucro em cima”, declara.