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AEA vai participar de Plano de Agricultura de Baixo Carbono

O Estado do Amazonas lançou o Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), na última sexta-feira (13/12), durante a 40ª Exposição Agropecuária do Amazonas (Expoagro)


Publicado em: 17/12/2013 às 08:30hs

AEA vai participar de Plano de Agricultura de Baixo Carbono

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) assinou e ajudou na elaboração juntamente com o comitê gestor e já vem participando de projetos que visam reduzir a emissão de gases de efeito estufa na agricultura e na pecuária.

Ações estas que já são praticadas no município de Autazes, como ressaltou o engenheiro agrônomo, Francisco Braga, que é coordenador do Programa Pecuária Verde. “O objetivo do programa foi buscar uma alternativa para pecuária; onde tínhamos uma demanda muito grande; entre as ações realizadas está a recuperação de áreas degradadas, tornando-as férteis; melhorar o manejo e a produção”.

Segundo o agrônomo a parceria das instituições envolvidas e o empenho da prefeitura municipal foram essenciais para o sucesso. “Hoje o projeto completou dois anos e atualmente já são cinco unidades demonstrativas financiadas pelo Banco do Brasil. Não se desmata mais, hoje com a tecnologia estamos recuperando as áreas, respeitando as leis ambientais”.

O Plano Estadual do ABC - prevê ações como exemplificada acima, com atividades agropecuárias sustentáveis e de baixa emissão de gases de efeito estufa, recuperação de pastagens degradadas; Fixação biológica de nitrogênio; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) entre outras. As metas do plano estadual estão divididas em duas etapas que compreendem o período de 2013 a 2015 e a segunda etapa de 2016 a 2020.

Para que essas tecnologias cheguem até o produtor rural, a Embrapa tem papel de destaque juntamente com as entidades que levam capacitação, entre elas o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Amazonas) e o IDAM.

O chefe de pesquisas e desenvolvimento da Embrapa Amazônia Ocidental, Celso Azevedo, destaca, “esse é um momento muito especial, uma vez que os Estados tem que ter o compromisso de desenvolver um plano que seja adequado com sua realidade. O papel da Embrapa é de disponibilizar as tecnologias, e temos as que vão de encontro com as que estão estabelecidas no plano, como o plantio direto. Temos em silvicultura na área de reflorestamento. O papel da instituição é oferecê-las e está implantando nesses municípios que fazem parte do plano, unidades de observação e de unidades demonstrativas, como vem ocorrendo em Autazes”.

Através do Programa ABC, os agricultores têm crédito disponível para desenvolverem seus projetos, para o ano-safra 2013/2014 o valor e de R$ 4,5 bilhões. Durante o lançamento do plano estadual, o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal, participaram e palestraram para os agricultores e pecuaristas; exemplificando taxas de juros e como fazer um financiamento. Atento as demandas do município, o dirigente do Sindicato Rural de Manacapuru, Mário Jorge, liderou uma comitiva de produtores.

O presidente da FAEA, Muni Lourenço, enfatizou que o Plano vai ser um divisor de águas para o setor agropecuário do Amazonas.“Nós mais que todos os produtores rurais brasileiros, que estamos no coração da Amazônia, não podemos abrir mão de acessar o dinheiro que está disponível dentro da linha de Agricultura de Baixo Carbono, com juros atrativos para que o produtor rural possa colocar em prática em sua propriedade tecnologias conciliando produção com preservação. Porque estamos convencidos de que não há nenhum tipo de antagonismo entre produzir e preservar. Nós temos todas as condições de triplicar a produção agrícola e o rebanho sem desmatar novas frentes; isso tudo graças as tecnologias, mas para isso precisamos de crédito”.

Lourenço disse ainda, “que a FAEA em nome da classe rural produtiva do Estado pleiteou perante a SEPROR e SFA/MAPA a criação de um grupo gestor estadual para o ABC. Mais uma vez as medidas necessárias foram tomadas. Esse comitê gestor está robusto e contando com diversas instituições que atuam diretamente no setor e lançando o plano”.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FAEA/SENAR

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