Milho e Sorgo

Sorgo para geração de energia receberá incentivos

Uma parceria entre Embrapa, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a empresa americana Chromatin, provedora de tecnologia para produtos provenientes de sementes de sorgo, está sendo estruturada para o desenvolvimento de cultivares de sorgo energia


Publicado em: 09/04/2015 às 17:30hs

Sorgo para geração de energia receberá incentivos

Uma parceria entre Embrapa, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a empresa americana Chromatin, provedora de tecnologia para produtos provenientes de sementes de sorgo, está sendo estruturada para o desenvolvimento de cultivares de sorgo energia. Nessa quarta-feira, 08, pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) reuniram-se com o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Vendas Internacionais da Chromatin, Charles Miller, com o objetivo de avançar na estruturação da proposta de parceria.

O projeto deverá ser apresentado ao BNDES tendo como foco os diferenciais apresentados pelo sorgo na geração de energia. Cultivares de sorgo biomassa são fontes renováveis de combustível e podem ser alternativa ao uso da lenha do eucalipto, por exemplo. O sorgo biomassa é abundante em matéria seca, característica responsável pelo fornecimento de energia. A planta possui muitas folhas, caule fibroso e chega a mais de cinco metros de altura. Pesquisas realizadas pela Embrapa Milho e Sorgo demonstram a produção de até 60 toneladas de matéria seca por hectare.

Segundo Charles Miller, da Chromatin, a empresa é focada no sorgo pelo potencial apresentado pela cultura, já que é eficiente em nutrientes e mais tolerante à seca que o milho, além de poder ser cultivado em mais de 80% das terras agrícolas de todo o mundo. Nos Estados Unidos, segundo ele, 30 milhões de acres cultivados com o milho poderiam migrar para o cultivo do sorgo. "Nos últimos dois anos, registramos um aumento de 40% na área plantada com esse cereal no nosso país. No mundo, já são 130 milhões de acres e esse número vem aumentando", disse.

Ainda segundo Miller, fatores que direcionam a adoção do sorgo no mundo são a escassez de água, áreas com pouca aptidão agrícola e o crescimento da população, com consequente aumento de demanda por alimentos e energia. A empresa possui programas de pesquisa focados em três tipos de sorgo: forrageiro, granífero e sacarino. Cultivares com esse último propósito estão em desenvolvimento para lançamento nos Estados Unidos e Brasil.

Fonte: Embrapa

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