Publicado em: 19/02/2014 às 10:30hs
Os preços do milho mantêm a trajetória de alta no mercado brasileiro de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Um dos fatores é a falta de chuvas até a metade de fevereiro, que, segundo os pesquisadores, pode prejudicar a oferta da safra de verão e já afeta o cultivo da segunda safra.
Outro é a demanda firme pelo cereal. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (18/2), o Cepea lembra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou a expectativa de consumo de diversos países. Calculou também o volume de transações internacionais em 112,5 milhões de toneladas.
“Com demanda aquecida, haverá necessidade de maiores aquisições, especialmente por parte do México, União Europeia, Coreia do Sul e Egito, que são grandes compradores do Brasil”, informa.
No meio deste cenário, o indicador do Cepea que serve de referência para a liquidação dos contratos futuros brasileiros acumulou alta de 6,2% entre os dias 10 e 17 de fevereiro. Nesta segunda-feira (17/2), fechou em R$ 30,13 por saca de 60 quilos.
Já o indicador para o mercado à vista, com base em Campinas (SP), a alta acumulada no período é de 6,18%. Nesta segunda-feira, a média registrada foi de R$ 29,69 por saca.
Análise divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) vai na mesma linha. De acordo com os técnicos, os preços nas bolsas, tanto em Chicago quanto na BM&FBovespa, vêm apresentando trajetórias de alta.
“Um dos motivos que vêm pressionando as cotações para cima é a expectativa de uma oferta do cereal menor que a esperada internamente, ao lado de uma forte demanda na safra 2013/14”, informou o boletim semanal.
Em Mato Grosso, a expectativa é de uma segunda safra de milho 14,46% menor que a “safrinha” do ano passado. De acordo com o Imea, a redução foi ocasionada pelo cenário de incerteza em função da baixa dos preços ocorrida no ano passado.
O plantio está em ritmo mais acelerado, em comparação com a safrinha da temporada 2012/2013. Até o fim da semana passada, 45,9% da área prevista já semeada. “As chances de semeadura dentro da janela ideal elevam-se, podendo, com isso, garantir bons rendimentos.”
Fonte: Globo Rural
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