Milho e Sorgo

Safra de grãos no Pará cresce 10% em 2024/2025, mas clima preocupa produtores

Apesar do aumento na produção, produtores alertam para riscos climáticos que podem afetar os resultados agrícolas no estado


Publicado em: 29/09/2025 às 11:55hs

Safra de grãos no Pará cresce 10% em 2024/2025, mas clima preocupa produtores

A produção de grãos no Pará deve registrar crescimento de 10% na safra 2024/2025 em relação ao ciclo anterior, alcançando 6,8 milhões de toneladas, segundo o 11º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O avanço reflete o aumento de 7,5% na área cultivada e de 2,3% na produtividade média do estado.

Milho e sorgo impulsionam crescimento da safra

O milho foi o principal destaque da produção, especialmente na primeira colheita (safra de verão), com crescimento de 22,6% na região Norte, beneficiado por condições climáticas favoráveis e investimentos em tecnologias agrícolas.

O sorgo também apresentou desempenho acima do esperado, mostrando resistência mesmo em períodos de menor disponibilidade de água. Segundo Hudlson Huben, gerente sênior da ORÍGEO (joint venture entre Bunge e UPL), “o sorgo surpreendeu e se consolidou como cultura estratégica para a região”.

Atenção ao clima no próximo ciclo agrícola

Apesar dos resultados positivos, o clima segue como fator crítico para os produtores. O boletim da Conab indica que, entre setembro e outubro de 2025, o Norte do estado deve registrar chuvas próximas ou acima da média, enquanto o centro-sul pode enfrentar volumes de precipitação próximos ou abaixo do normal, impactando a umidade do solo.

Manoel Álvares, gerente de inteligência da ORÍGEO, alerta: “Os resultados refletem a força da agricultura paraense, mas evidenciam a necessidade de monitoramento constante e apoio técnico para reduzir riscos e manter o crescimento sustentável”.

Perspectivas para a agricultura paraense

O crescimento da safra 2024/2025 reforça a importância do milho e do sorgo na economia agrícola do estado, mas também lembra os produtores da vulnerabilidade frente às variações climáticas. Estratégias de manejo e tecnologias adequadas serão essenciais para sustentar a produção nos próximos ciclos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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