Publicado em: 22/05/2025 às 12:30hs
Com projeções otimistas para o ciclo 2025/26, Mato Grosso se prepara para mais uma safra robusta de milho e vê o sorgo ganhar espaço como uma alternativa viável e estratégica. No entanto, os produtores devem redobrar a atenção quanto ao planejamento e às práticas de manejo, diante de desafios climáticos, aumento dos custos e pressão de pragas, doenças e plantas daninhas. Especialistas alertam que o sucesso da próxima temporada dependerá da adoção de tecnologias eficazes e de decisões assertivas desde agora.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de milho na safra 2024/25 em Mato Grosso está estimada em 48,88 milhões de toneladas, um crescimento de 3,63% em relação ao ciclo anterior. A área plantada alcançou 7,11 milhões de hectares, e a produtividade média foi revisada para 114,54 sacas por hectare, impulsionada por condições climáticas favoráveis até o fim de abril.
Além disso, o estado segue como líder nacional na produção de etanol de milho. Em 2024, Mato Grosso foi responsável por 68% da produção brasileira, com 5,62 bilhões de litros derivados da moagem de 12,5 milhões de toneladas do grão. Para a safra 2025/26, a estimativa é de 7,03 bilhões de litros, sendo 5,98 bilhões originados do milho, impulsionados pela entrada em operação de novas usinas. Para o ciclo 2033/34, a expectativa é de 12,62 bilhões de litros.
Apesar do cenário favorável, o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Gustavo Corsini, alerta que a segunda safra, prevista para o primeiro semestre de 2026, exigirá planejamento rigoroso desde já. A aquisição antecipada de insumos e a adoção de estratégias integradas de controle são fundamentais para reduzir perdas causadas por pragas que já impactaram ciclos anteriores.
“O controle integrado e o monitoramento constante serão cruciais para evitar prejuízos, especialmente com insetos que causaram grandes danos em safras passadas”, pontua Corsini.
Em paralelo ao milho, o sorgo vem ganhando espaço como uma opção viável em áreas com menor disponibilidade hídrica, devido à sua alta tolerância à seca e boa aceitação de mercado. Goiás lidera o avanço da cultura no Brasil, com previsão de aumento de 2,2% na área plantada em 2024/25, totalizando 393 mil hectares. A produção esperada é de 1,375 milhão de toneladas, um crescimento de 3,2% sobre o ciclo anterior, segundo a Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio.
Além da resiliência ao clima, o sorgo tem se mostrado atrativo economicamente. Seu custo de produção é entre 20% e 30% menor do que o do milho na segunda safra, e o grão possui liquidez satisfatória. O preço costuma variar entre 80% e 85% do valor do milho, atendendo a mercados semelhantes, especialmente o de alimentação animal.
“O sorgo transforma desafios em oportunidades, aliando produtividade, custo reduzido e ampla adaptabilidade, o que o torna uma opção estratégica para a rentabilidade dos produtores e a sustentabilidade do setor”, destaca Corsini.
Para enfrentar os desafios fitossanitários, o uso de defensivos agrícolas com eficácia comprovada será essencial. A IHARA oferece soluções como os inseticidas ZEUS e TERMINUS, o fungicida FUSÃO EC e o herbicida YAMATO SC, desenvolvidos para garantir a sanidade das lavouras mesmo em condições adversas.
Mesmo diante dos desafios impostos pelas condições climáticas, pragas e custo de produção, especialistas seguem otimistas. Com a adoção de tecnologias modernas, gestão eficiente e conhecimento técnico dos produtores, Mato Grosso tende a consolidar novamente sua posição de destaque na produção nacional de grãos.
“O setor segue confiante. Acreditamos que o uso de ferramentas inovadoras e o manejo estratégico serão decisivos para o sucesso da safra 2025/26”, conclui Corsini.
Fonte: Portal do Agronegócio
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