Milho e Sorgo

Quinta-feira começa estável para o milho em Chicago

As principais cotações registravam movimentações máximas de 0,25 pontos negativos por volta das 09h07 (horário de Brasília)


Publicado em: 28/03/2019 às 10:30hs

Quinta-feira começa estável para o milho em Chicago

O dia começa com a Bolsa de Chicago (CBOT) estável para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira (28). As principais cotações registravam movimentações máximas de 0,25 pontos negativos por volta das 09h07 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado a US$ 3,73, o julho/19 valia US$ 3,83 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,90.

Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os futuros do milho fecharam o último pregão quebrando abaixo de sua linha de suporte de três semanas. Enquanto o tempo continua a ser uma preocupação para o plantio antes da estimativa de sexta-feira, a demanda também está na mistura hoje.

As vendas de exportação na semana passada provavelmente melhoraram um pouco em relação aos 36,1 milhões de bushels da semana anterior, apesar das boas safras que estão surgindo na América do Sul proporcionarão concorrência durante o verão. A produção de etanol caiu 29.000 barris por dia na semana passada, com as enchentes fechando as usinas, mas os estoques aumentaram ligeiramente.

O mercado também segue de olho nos negociadores dos Estados Unidos e da China que estão de volta à mesa de negociações em Pequim hoje, tentando finalmente fechar um acordo.

De acordo com os analistas da ARC Mersocul, essa contínua falta de novidades sobre a reconciliação entre Trump e Jinping elevam as incertezas sobre o lado da especulação que apostava em um fim breve desta “guerra política”.

Outro ponto de atenção passa a ser as questões sanitárias chinesas. “A crise sanitária na Ásia tem se intensificado com a dispersão da febre africana no rebanho de suínos. As estimativas mais conservadoras já apontam para um abate total de 1,5 milhão de cabeças na China, na tentativa de controle da doença. Os impactos para o consumo do farelo de soja no país asiático já são observados, e significantes”, dizem.

Confira como fechou o mercado na última quarta-feira:

Milho cai em Chicago e mercado aguarda relatório do USDA e novidades entre EUA-China

A quarta-feira (27) chega ao final com desvalorização nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 2,25 e 3,5 pontos. O vencimento maio/19 foi cotado a US$ 3,73, o julho/19 valeu US$ 3,83 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,90.

Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os relatórios governamentais dos Estados Unidos sobre estoques de grãos e plantações não saem até a manhã de sexta-feira, mas os mercados de grãos já estão posicionados em posições à frente do próximo despejo de dados. “Infelizmente para os futuros de milho e soja, essa manobra estava mais focada na venda técnica, o que empurrou os preços para baixo de 1% a 1,5% na sessão de hoje”, diz.

Os analistas esperam que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostre as vendas de milho na semana encerrada em 21 de março, totalizando entre 27,6 milhões e 53,1 milhões de bushels (entre 701.067 e 1,3 milhões de toneladas).

Ao mesmo tempo, os agentes do mercado seguem de olho nas movimentações de negociações entre China e EUA. Representantes do alto escalão dos EUA, incluindo o representante de Comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, estão se dirigindo à China no final desta semana para retomar as negociações comerciais entre os dois países.

No início desta semana, o Lighthizer disse aos repórteres que "se houver muito a ser obtido, nós conseguiremos. Se não, encontraremos outro plano”. Já o presidente Donald Trump disse aos legisladores republicanos na terça-feira que os EUA vão se contentar com nada menos do que um “excelente negócio”.

As ofertas de base de milho americano foram firmes na quarta-feira, subindo de 2 a 3 centavos em várias localizações do meio-oeste americano, já que as vendas de fazendeiros continuam a cair lentamente.

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria, e tiveram resultados misturados nas praças que registraram movimentações. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a valorização apareceu somente na praça de Campo Novo do Parecis/MT (1,92% e preço de R$ 26,50), Tangará da Serra/MT (3,70% e preço de R$ 28,00) e São Gabriel do Oeste/MS (7,41% e preço de R$ 29,00).

Por outro lado, foram registradas desvalorizações no Oeste da Bahia (0,69% e preço de R$ 36,00), Campinas/SP (1,24% e preço de R$ 39,89) e Porto Paranaguá/PR no agosto/19 (2,78% e preço de R$ 35,00).

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado, Vlamir Brandalizze destacou que apesar da alta do dólar nessa quarta-feira ter influenciado bastante no mercado interno da soja, que registrou elevações nos preços dos portos, o mesmo movimento não aconteceu no mercado do milho.

“Os compradores e produtores estão bastante lentos nesse momento. A safrinha de milho se apresenta com excelentes condições com cerca de 12,5 milhões de hectares plantados e um potencial produtivo de 70 milhões de toneladas, o que seria um recorde. Com isso, os compradores internos estão tranquilos aguardando que os preços caiam mais à frente e os produtores também aguardam momentos melhores sem pressão para venda. Sendo assim, não foram registrados novos negócios de exportação nesses últimos dias para o milho”, explica Brandalizze.

A Radar Investimentos também aponta que os negócios no mercado físico ficaram mais travados nos últimos dias em relação à semana passada. As incertezas políticas e os noticiários tocando no assunto de greve dos caminhoneiros ligam um sinal amarelo no mercado.

Outra opinião nesse sentido é da XP Investimentos, que avalia que esse foi mais um dia de poucos negócios confirmados e muita especulação. Nem compradores e nem vendedores se mostram dispostos a ceder nas negociações e, assim, o equilíbrio permanece.

Enquanto as indústrias e granjas possuem estoques robustos e o bom fluxo de milho tributado, os produtores retardando as negociações ainda à espera de boas exportações, alta dos prêmios de porto, Chicago e da taxa de câmbio.

A boa evolução das colheitas em lavouras paulistas e dos plantios de inverno no Sul e Centro-Oeste projetam uma boa disponibilidade futura, embora o excesso de chuva em algumas áreas traga certa preocupação.

Fonte: Notícias Agrícolas

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