Publicado em: 04/10/2021 às 19:40hs
A quebra da segunda safra de milho afetou as exportações brasileiras do cereal e mudou a dinâmica de contratação de fretes e a rota para essas movimentações nesta época. De acordo com o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a necessidade de importação do grão do Paraguai e da Argentina, o cenário doméstico de fretes está concentrado em grandes empresas consumidoras do Sul do país.
"O volume de exportação do milho de janeiro a agosto é 25,9% menor do que foi realizado no mesmo período de 2020. As maiores reduções estão nos Estados de Mato Grosso e Goiás. A demanda por frete é menor do que se imaginava, influenciando nas cotações desse serviço. Outro ponto que tem influenciado nas cotações é o volume de importações de milho oriundo do Paraguai e da Argentina, alterando o cenário doméstico de contratação de serviços de transportes, sobretudo para os grandes demandantes do sul do país", diz o documento.
Segundo a Conab, o Brasil importou 1,23 milhão de toneladas de milho de janeiro a agosto, sendo 882,6 mil toneladas do Paraguai e 344,5 mil toneladas da Argentina, quase tudo adquirido entre os meses de junho e agosto, também por navio. O Paraná importou 715,9 mil toneladas de milho, Santa Catarina, 279,3 mil toneladas, e o Rio Grande do Sul, 230,9 mil toneladas.
Sem a movimentação do milho para os portos e com ritmo menor de embarques de soja em agosto, "começam rumores de que esta estimativa [de exportação de 83,6 milhões de toneladas da oleaginosa] não se confirme". No entanto, pondera a estatal, "confirmando o volume grande de washout dos contratos de vendas de milho, parte dos transportes contratados podem ser revertidos para movimentação da soja restante, por isso, ainda é cedo para afirmar que não se cumpra a estimativa de embarques de soja para a safra vigente", conclui o documento.
Fonte: AviSite
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