Milho e Sorgo

Produtor de milho em Mato Grosso precisa atingir alta produtividade para cobrir custos

Retração nos custos ajuda a reduzir projeção, mas alta produtividade é necessária para equilíbrio financeiro


Publicado em: 23/04/2024 às 11:50hs

Produtor de milho em Mato Grosso precisa atingir alta produtividade para cobrir custos

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou uma nova análise do custo de produção para a safra de milho de alta tecnologia 2024/25 em Mato Grosso, apontando que os produtores precisam de altas produtividades para cobrir suas despesas.

Segundo o projeto de acompanhamento dos custos agropecuários, o custo de produção do milho alta tecnologia sofreu uma leve retração em março de 2024, em comparação com fevereiro, ficando projetado em R$ 3.368,89 por hectare, uma redução de 2%. Essa queda se deve principalmente ao recuo nos preços dos fertilizantes e corretivos, que diminuíram 3,44%, operações mecanizadas que caíram 1,57%, defensivos que reduziram 1,32% e sementes com uma leve retração de 0,87%.

Com a redução nos custos, o Custo Operacional Efetivo (COE) também caiu, recuando 1,74%, atingindo R$ 4.736,82 por hectare. Contudo, para que o produtor consiga cobrir as despesas do COE na safra 2024/25, considerando o preço médio do milho comercializado em março de 2024 para a mesma safra (R$ 34,98 por saca), ele precisará produzir 135,40 sacas por hectare, 9,61% a mais que a projeção do ciclo 2023/24.

Apesar da retração nos custos, o Imea ainda não possui uma estimativa de rendimento para a safra 2024/25. No entanto, a média dos últimos três anos é de 103,86 sacas por hectare, sugerindo que os produtores terão de superar essa marca para garantir viabilidade financeira.

Além disso, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área de milho 2ª safra para o ciclo 2023/24 no Brasil deve ficar em 15,77 milhões de hectares, com uma produtividade média prevista de 90,45 sacas por hectare, representando uma retração de 2,09% em relação à última projeção.

Com a queda na produtividade, a produção total para 2023/24 ficou projetada em 85,61 milhões de toneladas, uma redução de 1,98% em relação a março de 2024. Os estados que mais puxaram essa diminuição foram Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, com retrações de 12,89%, 3,99% e 1,05%, respectivamente.

Os analistas do Imea destacam que, embora haja uma perspectiva de menor oferta de milho, o preço do cereal na bolsa brasileira B3 reagiu negativamente, com uma queda de 1,07% no dia da divulgação dos dados. Para as próximas semanas, o fator determinante para as cotações do milho será o clima, que pode impactar significativamente o rendimento final da cultura.

Fonte: Portal do Agronegócio

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