Milho e Sorgo

Produção de milho no Mercosul deve crescer 8,2 milhões de toneladas na safra 2025/26, aponta Céleres

Expansão da área plantada impulsiona produção regional


Publicado em: 06/11/2025 às 10:35hs

Produção de milho no Mercosul deve crescer 8,2 milhões de toneladas na safra 2025/26, aponta Céleres

A safra 2025/2026 promete ser marcada por forte avanço da cultura do milho no Mercosul. De acordo com o informativo da Céleres, a área plantada deve registrar aumento de 6%, o que representa cerca de 2 milhões de hectares adicionais, totalizando 35,1 milhões de hectares cultivados na região.

A Argentina lidera essa expansão, com incremento estimado de 1,4 milhão de hectares, favorecida pelas boas margens de rentabilidade em comparação à soja. Já o Brasil também deve contribuir para o crescimento, ampliando em 600 mil hectares sua área de plantio, impulsionado pela demanda crescente da indústria interna.

Produção total pode atingir novo recorde

Com produtividade média projetada em 6,1 toneladas por hectare, a produção total de milho no bloco deve alcançar 214,2 milhões de toneladas. No cenário mais otimista, esse volume pode ultrapassar os 235 milhões de toneladas, o que configuraria uma safra recorde para o Mercosul.

Esse avanço reforça a importância do milho na balança agrícola regional e consolida o bloco como um dos principais centros produtores de grãos do mundo.

Exportações do Mercosul devem crescer 9 milhões de toneladas

O crescimento da produção tende a impactar diretamente as exportações. A previsão da Céleres indica um aumento de 9 milhões de toneladas nos embarques, o que mantém o Mercosul como responsável por cerca de 40% das exportações globais de milho.

O consumo interno também deve acompanhar esse movimento, com elevação projetada de 8 milhões de toneladas. Apesar disso, os estoques finais devem permanecer em patamares historicamente elevados, ainda que ligeiramente abaixo do ciclo anterior.

Preços estáveis e rentabilidade sustentada

Assim como ocorre no mercado de soja, o milho deve manter uma tendência neutra de preços, sem grandes valorizações, mas com níveis suficientes para garantir boa rentabilidade aos produtores e estimular novos investimentos na cultura.

A taxa de câmbio segue sendo um ponto de atenção, podendo influenciar a competitividade das exportações. Ainda assim, a forte demanda doméstica ajuda a equilibrar os preços e oferecer maior estabilidade ao produtor.

Milho consolida papel estratégico no agronegócio do Mercosul

O avanço da cultura reforça o papel estratégico do milho na economia agrícola do Mercosul. Em um contexto de busca por diversificação produtiva e resiliência nas margens de lucro, o cereal se consolida como uma das principais commodities para o equilíbrio das cadeias agroindustriais da região.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias
/* */ --