Publicado em: 26/08/2025 às 11:40hs
O mercado de milho no Brasil apresenta comportamento misto, com leve valorização em algumas regiões e pressões de baixa em outras. A colheita avança, mas fatores como competitividade do milho americano, ritmo de embarques e condições climáticas continuam influenciando os preços.
Na manhã desta terça-feira (26), os contratos de milho na B3 operavam em leve alta: o vencimento setembro/25 cotado a R$ 66,20/saca (+0,17%) e o de novembro/25 a R$ 69,65/saca (+0,22%). O movimento é apoiado pela aceleração no ritmo de embarques brasileiros.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, na semana encerrada em 22 de agosto, o Brasil exportou 1,834 milhão de toneladas de milho, volume 34,6% superior ao da semana anterior e 38,8% acima da média necessária para alcançar as 42 milhões de toneladas projetadas para a safra 2025/26.
No acumulado da temporada iniciada em 1º de fevereiro, foram embarcadas 10,285 milhões de toneladas, queda de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os contratos futuros do milho apresentavam variações moderadas na manhã de terça-feira:
Apesar da leve alta no mercado físico, os contratos seguem pressionados pela competitividade do milho americano, que mantém preços mais baixos e embarques robustos.
Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do milho apresentavam pequenas oscilações:
A leve valorização observada em alguns contratos é sustentada pela demanda internacional e pela diferença entre as projeções do ProFarmer (411 milhões de toneladas) e do USDA (425 milhões). O aumento nos embarques semanais nos Estados Unidos também contribuiu para o suporte aos preços.
O mercado doméstico segue atento ao ritmo de colheita e à movimentação de embarques. A valorização parcial em algumas regiões reflete a limitação de oferta no mercado físico, enquanto a pressão externa, especialmente do milho americano, continua influenciando os contratos futuros. A combinação de fatores locais e internacionais mantém o setor em alerta para ajustes de preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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