Milho e Sorgo

Pesquisa aponta eficácia de fungicidas no controle de doenças no milho

Estudos realizados pela Fundação MS ao longo de 2013 apontam o grau de eficácia do uso de fungicidas para o milho safrinha


Publicado em: 19/11/2013 às 14:10hs

Pesquisa aponta eficácia de fungicidas no controle de doenças no milho

Nos ensaios conduzidos pela instituição, foi observada boa eficiência no controle de doenças foliares como a helmintosporiose – também conhecida como a mancha-marrom –, e a ferrugem polisora – considerada uma das principais doenças na cultura do milho no Brasil. No entanto, é preciso considerar a capacidade do híbrido tolerar o ataque de doenças sem prejudicar o rendimento dos grãos.

Conforme o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Grigolli, os híbridos de milho respondem de formas diferentes a aplicação dos fungicidas e, em geral, há boa eficiência de controle. “Mas algumas doenças, como a mancha-branca, precisam de um cuidado maior, pois neste caso, a eficiência dos fungicidas é aquém do necessário”, pontua. Agora, o próximo passo a ser tomado é a condução de novos ensaios, com o objetivo de buscar materiais de milho que sofram menos com o desenvolvimento das doenças.

O produtor deve se preocupar também com o momento ideal de aplicação dos produtos. O pesquisador explica que isso depende do maquinário disponível na área. “É muito comum aplicações com milho no estágio V8 (quando a planta já está com oito folhas desenvolvidas), ou em pré-pendoamento, ou ainda em duas épocas de aplicação, no V8 e no pré-pendoamento”.

A variação climática pouco determina a tolerância dos materiais às doenças. Grigolli afirma que este é um fator mais ligado às características genéticas de cada material.  “As condições climáticas podem influenciar a pressão de doenças na área, ou seja, se haverá maior ou menor incidência, mas não a resposta do material à ocorrência de doenças”, enfatiza. É essencial, ainda, que os produtores se preocupem em buscar informações das empresas detentoras das sementes que serão utilizadas no plantio, para saber se possuem boa tolerância a doenças.

Helicoverpa

Outro assunto debatido durante as apresentações dos resultados de pesquisa é a Helicoverpa. Ainda considerada nova no cenário brasileiro, ela possui grande potencial de dano e alta capacidade reprodutiva. Ela se alimenta de diversas culturas e, entre elas, está a do milho. Para o combate, o foco é a identificação e controle. A distinção das pragas é feita no Laboratório de Controle Biológico da Fundação MS, com o auxílio de lupas.

O monitoramento constante das lavouras é outro cuidado que deve ser tomado. Isso porque é mais fácil controlar a praga logo no início de seu aparecimento. “É fundamental controlar pragas de até 7 mm, pois lagartas grandes são de difícil controle. Alguns ingredientes ativos, como Flubendiamide, Espinosina, Tiodicarba, Clorpirifós, Bacillus thuringiensis, Profenofós, Indoxacarbe, entre outros, são mencionados com boa eficiência de controle”, explica o pesquisador.

Grigolli enfatiza que já foram observadas Helicoverpa spp. em diversas regiões do Estado. Os municípios de Maracaju e Dourados são alguns exemplos. “Apesar de sua ocorrência em diversas áreas de cultivo, o controle tem sido eficiente, mantendo a população da praga em níveis ainda não preocupantes”, destaca.

Algumas dicas importantes foram repassadas aos produtores, técnicos e demais profissionais do campo. O calendário de plantio, por exemplo, deve ser seguido corretamente. Além disso, é essencial o uso adequado de inseticidas. O pesquisador explica que “o nível de controle para essa praga deve ser seguido” e salienta que a recomendação aos produtores é que procurem o responsável técnico de suas lavouras para o uso correto dos inseticidas.

Fonte: Jornal Agora MS

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