Publicado em: 14/05/2025 às 18:00hs
Embora o crescimento da oferta seja significativo, espera-se uma redução nos estoques finais, indicando maior consumo global. A produção brasileira também deve registrar uma leve alta, com um impacto direto nas exportações e nos estoques do país.
De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em maio, a produção mundial de milho para 2025/26 deve atingir 1,264 bilhão de toneladas, marcando um aumento em relação aos 1,221 bilhão de toneladas projetados para o ciclo 2024/25. No entanto, os estoques finais de milho devem apresentar uma redução, passando de 287,29 milhões para 277,84 milhões de toneladas, o que sugere um aumento no consumo global da commodity.
A expectativa de crescimento global é liderada pelos principais produtores, como os Estados Unidos, Ucrânia e Argentina, que juntos devem contribuir de maneira significativa para essa elevação na oferta.
O Brasil, segundo as estimativas do USDA, deverá registrar uma leve alta na produção de milho para a safra 2025/26, com a produção subindo de 130 milhões para 131 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, devem permanecer estáveis, com previsão de 43 milhões de toneladas. No entanto, os estoques finais do país devem cair consideravelmente, de 5,98 milhões para 2,58 milhões de toneladas, o que sugere um aumento na demanda interna ou um escoamento maior da produção para o exterior.
Nos Estados Unidos, maior produtor e exportador global de milho, as projeções apontam para um crescimento significativo na safra, que deve passar de 377,63 milhões para 430,55 milhões de toneladas em 2025/26. A produtividade também deverá aumentar, passando de 187,56 para 189,35 sacas por hectare. Os estoques finais devem crescer de 35,95 milhões para 45,72 milhões de toneladas. Com isso, as exportações americanas de milho devem alcançar 72,8 milhões de toneladas, superando as 66,04 milhões previstas para o ciclo 2024/25.
A produção de milho na Argentina também está projetada para crescer, passando de 50 milhões para 53 milhões de toneladas entre as safras 2024/25 e 2025/26. Os estoques finais devem aumentar de 2,38 milhões para 2,79 milhões de toneladas, e as exportações também devem avançar, subindo de 35,5 milhões para 37 milhões de toneladas.
A Ucrânia, importante fornecedor de milho para o Leste Europeu, também apresenta projeções positivas para a safra 2025/26. A produção de milho deve crescer de 26,8 milhões para 30,5 milhões de toneladas, com os estoques finais praticamente dobrando, de 310 mil para 600 mil toneladas. As exportações da Ucrânia devem aumentar de 22 milhões para 24 milhões de toneladas, destacando o país como um player importante no mercado global.
O cenário para o milho em 2025/26 aponta para um aumento significativo na oferta global, impulsionado pelos principais produtores como Estados Unidos, Brasil, Ucrânia e Argentina. No entanto, com a redução nos estoques finais, espera-se que o consumo global continue a crescer, refletindo uma maior demanda pela commodity no mercado internacional. A recuperação da produção em países como Argentina e Ucrânia, combinada com a expansão na produção dos Estados Unidos, deve garantir uma oferta mais robusta, embora os estoques possam continuar apertados, impactando os preços globais.
Essas projeções indicam que, mesmo com a expansão na oferta, o mercado de milho permanecerá dinâmico, com variações significativas nos estoques e nas exportações, refletindo as condições climáticas e a evolução da demanda mundial.
Fonte: Portal do Agronegócio
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