Milho e Sorgo

Nova geração de irrigantes transforma a agricultura brasileira com tecnologia e visão estratégica

Irrigação ganha força no Brasil entre produtores de todos os perfis


Publicado em: 12/08/2025 às 09:00hs

Nova geração de irrigantes transforma a agricultura brasileira com tecnologia e visão estratégica

A irrigação no Brasil está passando por uma verdadeira revolução. Antes vista como uma prática limitada a grandes propriedades ou culturas específicas, ela hoje se apresenta como uma estratégia acessível e essencial para agricultores de diferentes portes. Do pequeno produtor familiar aos grandes grupos empresariais, cresce o número de irrigantes que apostam na tecnologia, no planejamento e na eficiência para aumentar a produtividade e enfrentar os desafios climáticos.

Perfil dos novos irrigantes: diversidade, estratégia e inovação

Segundo Luiz Heimpel, gerente de Acesso ao Mercado, Pricing & BI da Netafim Brasil, o novo irrigante brasileiro é um profissional mais conectado, tecnificado e estratégico. “Esse grupo abrange desde agricultores familiares até grandes empresas do agronegócio, todos em busca de ferramentas que garantam produtividade, rentabilidade e estabilidade, mesmo diante das adversidades climáticas”, explica.

Um ponto marcante desse novo perfil é o envolvimento das novas gerações na gestão das propriedades. Ao contrário do movimento de êxodo rural registrado em décadas anteriores, muitos jovens estão optando por permanecer ou retornar ao campo, trazendo uma nova mentalidade de gestão baseada em inovação e tecnologia.

Irrigação moderna: mais tecnologia, mais safras, mais controle

A irrigação atual vai muito além do combate à seca. Ela permite colher com mais previsibilidade, antecipar ciclos produtivos, melhorar a qualidade da produção e, em muitos casos, viabilizar duas ou até três safras ao ano — multiplicando os resultados da mesma área.

Essa transformação passa, necessariamente, pela adoção de tecnologias mais eficientes, como os sistemas de gotejamento, que otimizam o uso da água e reduzem desperdícios. “Essa modernização não visa apenas produtividade. Há uma preocupação crescente com o uso racional dos recursos hídricos e o cumprimento das exigências ambientais”, destaca Heimpel.

Decisões baseadas em dados: o papel da automação no campo

Ferramentas de automação e análise de dados têm sido cada vez mais adotadas pelos novos irrigantes. Um exemplo é o GrowSphere™, sistema operacional digital da Netafim que integra irrigação e fertirrigação de precisão. A plataforma permite que todo o processo seja gerenciado visualmente e de forma automatizada, com base em sensores e dados históricos da lavoura.

Com essa tecnologia, o irrigante consegue tomar decisões mais assertivas, economizar recursos e melhorar o desempenho da produção — tudo em tempo real e com alto grau de controle.

Como se tornar um irrigante: planejamento técnico e financeiro são essenciais

Para quem deseja adotar a irrigação em sua propriedade, o primeiro passo é realizar um diagnóstico técnico e financeiro. Avaliar o tipo de solo, cultura, disponibilidade de água e energia, além da viabilidade econômica do projeto, é fundamental.

Contar com consultoria especializada pode fazer toda a diferença. No entanto, Heimpel reconhece que ainda há desafios a serem superados. “O acesso à energia elétrica e à conectividade, principalmente em áreas remotas, e os custos iniciais de implantação podem dificultar o processo. Por isso, o planejamento eficaz é indispensável.”

Expansão impulsionada por crédito e políticas públicas

Apesar dos obstáculos, a tendência é de crescimento contínuo no número de irrigantes no Brasil, impulsionado por programas de incentivo, políticas públicas e linhas de crédito voltadas à irrigação e à modernização do campo.

“O novo irrigante brasileiro é dinâmico, tecnificado e enxerga a irrigação como peça-chave para o desenvolvimento sustentável da sua atividade. Seja em pequena, média ou grande escala, esse perfil tende a se consolidar nos próximos anos com a busca constante por eficiência e resiliência na agricultura”, conclui Heimpel.

Fonte: Portal do Agronegócio

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