Publicado em: 03/10/2022 às 11:50hs
Segundo informações da SAFRAS Consultoria, foram registrados grandes volumes de negócios ao longo do mês, por conta do fator cambial e da valorização de preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago, o que contribuiu para um aquecimento dos preços nos portos, viabilizando os embarques.
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 7,171 milhões de toneladas de milho em setembro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. O volume já embarcado no mês atinge 4,806 milhões de toneladas. Para outubro, o line-up projeta embarques de 2,934 milhões de toneladas. No acumulado de fevereiro/22 a janeiro/23, a programação de embarques até agora aponta volumes de 26,915 milhões de toneladas de milho.
No mercado interno, por outro lado, o mês de setembro foi marcado por um grande impasse entre compradores e vendedores nos negócios envolvendo o milho, o que viabilizou um andamento muito fraco da comercialização. De acordo com a SAFRAS Consultoria, produtores e consumidores não chegaram a um consenso, tanto que o spread de preços do cereal entre a compra e a venda variou entre R$ 2,00 e R$ 3,00 em grande parte do mês, especialmente no Paraná e em São Paulo.
Setembro foi marcado também pelas grandes dificuldades em termos de logística, por conta dos fretes elevados, o que prejudicou o movimento de aquisições de milho por parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, estados que demandam grandes volumes do cereal e possuem um déficit elevado na disponibilidade de oferta.
Ao longo do mês, no mercado brasileiro, o valor médio da saca de 60 quilos de milho teve uma variação bastante leve, de 0,03%, sendo vendida por R$ 84,72, contra os R$ 84,70 verificados no encerramento de agosto. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 88,00, alta de 1,15% ante os R$ 87,00 praticados no fechamento de agosto. Na região Mogiana paulista, o cereal subiu 1,19% ao longo de setembro, de R$ 84,00 para R$ 85,00 a saca.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal, o preço avançou 1,18%, de R$ 85,00 para R$ 86,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação retrocedeu 3,75%, de R$ 80,00 para R$ 77,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço mensal permaneceu em R$ 95,00.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana aumentou 2,56%, de R$ 78,00 para R$ 80,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda se manteve em R$ 80,00 a saca.
Fonte: Agência SAFRAS
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