Publicado em: 15/08/2013 às 11:30hs
A redução de 1,3% na previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a colheita de milho norte-americano não pode ser considerada um corte.
Esta foi a mensagem de Lance Honig, chefe do setor de lavouras do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do USDA, após o departamento gerar uma forte alta nos futuros do milho com uma surpreendente redução em seu relatório mensal de previsão de colheita nos EUA.
A queda não implica necessariamente em uma piora da safra do milho ante o mês passado, uma vez que o USDA utilizou procedimentos diferentes para estimar o tamanho da colheita, ele disse.
“Eu não sei se há necessariamente uma comparação entre a produtividade no mês passado e a produtividade deste mês”, disse Honig. “Realmente, não é uma comparação possível.”
O USDA previu que os produtores irão colher 154,4 bushels por acre (161,5 sacas por hectare) neste ano, queda ante os 156,5 bushels (163,7 sacas por hectare) de sua previsão de julho.
A mudança elevou os futuros do milho para seus maiores níveis em mais de uma semana e gerou debates entre produtores, operadores e administradores de fundos sobre o que estaria errado com a safra. Eles estão extremamente sensíveis a mudanças nas previsões de safras depois que, no ano passado, uma seca devastadora reduziu fortemente as lavouras norte-americana.
Segundo uma pesquisa Reuters, analistas, em média, esperavam que o USDA elevasse suas estimativas de produtividade para 157,7 bushels por conta de um clima favorável para as lavouras.
O contrato do milho com entrega em dezembro, que representa a safra que será colhida neste outono do Hemisfério Norte, terminou a sessão na segunda-feira com alta de 11,5 centavos, a 4,6475 dólares por bushel na bolsa de Chicago.
Os procedimentos para avaliar o tamanho da safra foram diferentes porque agosto é o primeiro mês no qual o USDA questiona os produtores e verifica fisicamente os campos a fim de realizar suas estimativas. Nos meses anteriores, a entidade utilizou fórmulas estatísticas, uma vez que as lavouras não estavam suficientemente desenvolvidas.
Fonte: Gazeta do Povo
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