Publicado em: 08/08/2013 às 14:20hs
Os agricultores de Mato Grosso do Sul devem encerrar a colheita do milho safrinha do ciclo 2012/2013 até o fim de agosto. A previsão foi reiterada nesta quarta-feira (7), pelo engenheiro agrônomo e analista da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), Leonardo Carlotto Portalete, com base em dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga Web) da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS).
Segundo Portalete, na semana passada, sem oscilação climática, a colheita avançou em todo o Estado. No Norte, onde as lavouras haviam sido menos afetadas pela queda de temperatura que ocorreu anteriormente, o trabalho está mais acelerado. Chapadão do Sul já encerrou a colheita e a expectativa é que Costa Rica e Camapuã também concluam o procedimento nesta semana. A média é de 81,4% das áreas já colhidas.
No Sul do Estado a colheita atingiu o patamar de 57,5% das áreas cultivadas com o cereal, apesar de alguns municípios como Caarapó e Juti já terem colhido mais de 90% das suas lavouras. Em todo o Mato Grosso do Sul, a média até o dia 2 de agosto era de 56,8% da área de 1,421 milhão de hectares plantados, já colhidos.
“A expectativa é que até o dia 20 [de agosto] a maior parte da safra já tenha sido colhida. Em alguns municípios a colheita pode passar dessa data, mas deve ser finalizada até o fim de agosto”, comenta o analista, explicando que a produtividade que vem sendo obtida nas lavouras de milho safrinha do Estado está surpreendendo. “A média vem sendo a melhor dos últimos anos, 90 sacas por hectare [5.400 quilos por hectare], o que deve confirmar a previsão de uma safra recorde de aproximadamente 7 milhões de toneladas”, diz.
Portalete credita essa excelente produtividade, acima dos 85 sacas por hectare projetados no início da safra, aos avanços tecnológicos da atividade e aos efeitos positivos do clima. Ele comenta que quando alguns municípios, principalmente do Sul do Estado, foram atingidos pela geada no fim de julho, o milho já estava maturado, no ponto para ser colhido, e não foi afetado pelo fenômeno.
Com a expectativa de uma grande produção de milho e capacidade de armazenagem estática de 7,2 milhões de toneladas, sendo efetivas para a estocagem de grãos 5 milhões de toneladas, conforme o analista da Famasul, a utilização de silos bag (bolsas de lona plástica) deve ser uma alternativa para que os produtores possam guardar os grãos colhidos nas próprias propriedades.
Fonte: Agrodebate
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