Milho e Sorgo

Milho: terça-feira começa com poucas movimentações em Chicago

Clima nos EUA e negociações com a China interferem no mercado


Publicado em: 08/10/2019 às 10:30hs

Milho: terça-feira começa com poucas movimentações em Chicago

A terça-feira (08) começa com os preços internacionais do milho futuro operando próximos da estabilidade, com leves baixas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam quedas entre 0,50 e 1,00 ponto por volta das 09h11 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,86 com queda de 0,50 pontos, o março/20 valia US$ 3,98 com perda de 0,50 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 4,04 com baixa de 0,50 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 4,07 com desvalorização de 1 ponto.

Segundo informações da Successful Farming, os grãos foram pouco alterados no comércio da noite para o dia, enquanto os investidores pesam a guerra comercial com a China contra o clima adverso que poderia reduzir ainda mais o tamanho das culturas dos Estados Unidos.

“Na segunda-feira, o governo Trump impediu as empresas americanas de fazer negócios com 28 empresas chinesas que cometeram violações dos direitos humanos. Enquanto isso, a China está preparada para as negociações fracassarem, de acordo com o South China Morning Post”, diz o analista Tony Dreibus.

Enquanto isso, o clima potencialmente adverso está sustentando os preços das safras. As chuvas nos últimos dias caíram em partes de Minnesota, Iowa e Kansas, o que pode ter retardado a colheita, de acordo com o Commodity Weather Group.

Uma tempestade de inverno que sopra das Montanhas Rochosas está se aproximando das planícies do norte e pode cair vários centímetros de neve na região, e isso provavelmente interromperia a colheita.

Há também o potencial de um congelamento no final da semana em Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nebraska, noroeste do Kansas e leste do Colorado que reduziria o curto crescimento de milho em cerca de 10% a 15% da região afetada, disse o CWG em um relatório.

Apenas 15% da safra de milho dos EUA foi colhida a partir de domingo, atrás do ritmo médio de 27%, de acordo com o último relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde de segunda-feira.

Relembre como fechou o mercado na última segunda-feira:

Preocupações com o clima nos EUA sustentam valorizações do milho na Bolsa de Chicago

Resultados foram limitados pelas exportações menores do que o esperado

A segunda-feira (07) chega ao final com pequenos ganhos para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram valorizações entre 2,00 e 2,50 pontos.

O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,87 com alta de 2,25 pontos, o março/20 valeu US$ 3,99 com elevação de 2 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,04 com ganho de 2 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 4,08 com valorização de 2,50 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,78% para dezembro/19, de 0,50% para o março/20, de 0,50% para o maio/20 e de 0,74% para o julho/20.

Segundo informações da Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente na segunda-feira em algumas compras técnicas relacionadas ao clima, com geada e até neve que devem prejudicar partes das planícies do norte e do centro-oeste no final desta semana.

“As planícies e o centro-oeste do oeste estarão preparando a primeira grande tempestade de neve da região no final desta semana, que deve percorrer Nebraska e as Dakotas a partir de quarta-feira e se mudar para partes de Minnesota e Wisconsin até sexta-feira. O clima mais frio também invadirá o centro dos EUA no final desta semana, com temperaturas diurnas caindo 20 graus ou mais abaixo do normal em grande parte da região”, aponta o analista Ben Potter.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório de exportações apontando que as vendas de milho melhoraram semana a semana, passando de 16,6 milhões de bushels (421.640 toneladas) para 18,4 milhões de bushels (467.360 toneladas), enquanto caíam abaixo do palpite comercial médio de 23,6 milhões de bushels (599.440 toneladas).

Agora, os analistas esperam que o USDA mostre o progresso da colheita de milho atingindo 19% em 6 de outubro (acima de 11% há uma semana atrás) quando a agência divulgar seu relatório semanal de progresso da colheita. “Os analistas esperam que a qualidade da colheita se mantenha estável, com 57% de classificação em condição de boa a excelente”, diz Potter.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Castro/PR (1,33% e preço de R$ 37,00) e Londrina/PR (1,61% e preço de R$ 30,50).

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Jataí/GO e Rio Verde/GO (1,61% e preço de R$ 31,50), Tangará da Serra/MT (1,92% e preço de R$ 26,50), Campo Novo do Parecis/MT (2% e preço de R$ 25,50), Sorriso/MT disponível (2,08% e preço de R$ 24,50) e Sorriso/MT balcão (15% e preço de R$ 23,00).

Através de seu reporte diário, a XP Investimentos apontou que o mercado de grãos abre a semana especulado.

“Por mais que as referências de porto tenham perdido força e os níveis de prêmio estabilizado, produtores e intermediários sentem o bom momento para especular com as cargas de físico. O fluxo de negócios ainda é baixo, porém, aos poucos, compradores cedem às pedidas maiores e vão consolidando valorizações no físico”.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da primeira semana de outubro.

De acordo com o levantamento, as exportações de milho em grão atingiram a média de 328,6 mil toneladas por dia útil até o final da semana que acabou em 04 de outubro. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 141,2 mil toneladas. No total, até agora foram exportadas 1.314,2 (mil de toneladas) no mês.

Em termos financeiros, as exportações do grão em outubro de 2019 já somaram 217,5 milhões de dólares.

Fonte: Notícias Agrícolas

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