O primeiro dia da semana começa com os valores futuros do milho apresentando leves quedas, muito próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago. Dessa maneira, as principais cotações registram desvalorizações entre 0,25 e 0,75 pontos por volta das 09h17 (horário de Brasília) nessa segunda-feira (14). O vencimento março/19 era cotado à US$ 3,77 por bushel e o maio/19 valia US$ 3,86.

Segundo análise de Bem Potter da Farm Futures, a falta da publicação do relatório de Estimativas Mundiais de Oferta e Demanda Agrícola, programado para o final da semana passada, levaram os analistas a oferecerem estimativas do que eles acham que o último lote de dados do USDA acabará revelando. Isso inclui as estimativas finais de produção de milho nos Estados Unidos em 2018, de 14,538 bilhões de bushels colhidos em 81,668 milhões de acres, para rendimentos médios de 178 bushels por acre. Os totais são um pouco mais baixos do que as estimativas de produção anteriores do USDA de 14,626 bilhões de bushels.

Usando imagens de satélite e outras tecnologias, a empresa de tecnologia Indigo também divulgou algumas estimativas adicionais para o potencial de produção de milho do Brasil, projetando uma queda de 5,1% (193 milhões de bushels) em relação às estimativas de dezembro. Em contraste, a Indigo estima que a produção de milho da Argentina subiu 1,1%, ou 19,7 milhões de bushels.

Confira como fechou o mercado do milho na última sexta-feira:

Milho: Semana chega ao fim com preços em alta na Bolsa de Chicago

As cotações internacionais do milho chegaram ao final da semana registrando altas em suas cotações. Os principais valores futuros terminaram a sexta-feira (11) com valorizações entre 2 e 2,2 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento março/19 era cotado a U$ 3,78 por bushel e o maio/19 apontava U$ 3,86 por bushel.

Segundo Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho ficaram um pouco mais altos nessa sexta-feira com os futuros de março abaixo das principais médias, mas mantendo a linha de apoio das quedas de ontem, e tentando voltar acima da média dos últimos 50 dias. Sem relatórios de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na última quinta-feira, o mercado teve que vasculhar os serviços de comunicação em busca de notícias.

Mercado Interno

Já no mercado interno as principais cotações do milho encerraram a semana apresentado estabilidade. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, apenas as praças do Oeste da Bahia e Sorriso (MT) disponível e balcão registraram valorizações de 0,75%, 8,57% e 22,86% com preços de R$ 33,50, R$ 19,00 e R$ 17,20 respectivamente.

De acordo com a XP Investimentos, as cotações do milho encerram a semana com pouca força e volatilidade. Às vésperas da colheita de verão, compradores paulistas retraem para pressionar o mercado. Estes se abasteceram na primeira semana de 2019 e sabem que muitos Silos e Intermediários, principalmente do Centro-Oeste, deverão desovar seus estoques no mercado paulista para abrir espaço para a soja que está sendo colhida.

Produtores locais pouco ofertam, mas trabalham com dificuldade para dar sustentação as referências. Nos portos, as referências finais também recuaram na semana, pressionadas pela queda da taxa de câmbio. Nem mesmo a postura de pagar prêmios maiores para “terminar” a originação do milho, virando as atenções para a soja, foi suficiente para sustentar as referências.

Dólar

A moeda americana encerrou o dia em alta com relação ao real. O dólar avançou 0,15%, a 3,7145 reais na venda nesta sessão, e fechou a semana praticamente estável, com queda acumulada de 0,01%. No ano até agora, o dólar acumula queda de 4,16%. Conforme informações da Agência Reuters, o movimento se deu após uma sessão de muito vaivém, sem se afastar no nível de 3,70 reais, e com os investidores monitorando de perto o mercado externo e o noticiário à espera de novidades para renovar suas posições.