Publicado em: 25/02/2019 às 10:50hs
A semana começa com a Bolsa de Chicago (CBOT) apresentando altas nos preços internacionais do milho nessa segunda-feira (25). As principais cotações registram valorizações entre 2 e 2,25 pontos por volta das 08h56 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,77, o maio/198 valia US$ 3,86 e o julho/19 era negociado por US$ 3,94.
Segundo informações da Agência Reuters, os preços do milho começam o dia elevados na esteira do otimismo do mercado sobre uma resolução do conflito entre China e Estados Unidos. O presidente americano Donald Trump disse no domingo que ele estenderia a data limite para o aumento das tarifas norte-americanas sobre produtos chineses graças às negociações comerciais produtivas entre ele e o presidente chinês Xi Jinping, que devem se reunir para selar um acordo se o progresso continuar.
Outra demonstração de que um acordo pode acontecer em breve, é que a China comprometeu-se a comprar mais 10 milhões de toneladas de soja dos EUA em reunião no Salão Oval na última sexta-feira, conforme afirmou o secretário de agricultura americano, Sonny Perdue, no Twitter.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
Milho: Semana se encerra com preços internacionais estáveis na Bolsa Chicago
A semana chegou ao final com os preços internacionais do milho operando na estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 0,25 negativo e 0,25 positivo nesta sexta-feira (22). O vencimento março/19 era negociado por US$ 3,75, o maio/19 valia US$ 3,85 e o julho/19 era cotado a US$ 3,93.
O dia foi marcado pelos agentes do mercado apreensivos e aguardando novas notícias sobre o desdobramento do encontro entre representantes de China e Estados Unidos na capital americana nesta quinta-feira e sexta-feira.
A Agência Reuters destaca que a China aceitou comprar até 1,2 trilhão de dólares em produtos dos Estados Unidos como parte das negociações para encerrar a guerra comercial entre os países. Apesar disso, os dois lados seguem distantes num ponto crucial para os EUA, a transferência forçada de propriedade intelectual.
Negociadores estão reunidos em Washington nesta semana, e existe a previsão de que Trump fale com o vice-premiê chinês, Liu He, na esperança de se aproximar de um acordo antes do dia 1º de março, dia limite da trégua na guerra comercial, quando as tarifas dos EUA sobre uma série de bens podem subir de 10 para 25 por cento.
Outro fator que prendeu a atenção do mercado internacional nesta sexta-feira foi a divulgação dos boletins para atualizar os números das vendas semanais para exportação, referentes às últimas seis semanas (de 4 de janeiro a 14 de fevereiro de 2019) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O relatório apontou que as vendas norte-americanas de milho totalizaram 6.056,5 milhões de toneladas, dentro das expectativas do mercado que variavam de 4,05 a 7,25 milhões de toneladas nas últimas seis semanas.
O México foi o maior comprador do cereal americano, respondendo por mais de 1,4 milhão de toneladas. Foram vendidas ainda 55 mil toneladas da safra 2019/20, com origem opcional.
Os EUA já têm 38.344,0 milhões de toneladas do grão comprometidas com a exportação, contra 37,5 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. O USDA estima que as vendas americanas somem 62,23 milhões de toneladas.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praças paranaense de Pato Branco, Ubiratã e Londrina, no Oeste da Bahia, São Gabriel do Oeste/MS e Sorriso/MT. A única baixa aconteceu em Campinas/SP.
Segundo a XP Investimentos, o mercado físico paulista de milho encerra a semana com poucos negócios e preços recordes. Nesta sexta-feira (22), a amostra da XP Investimentos registra R$ 41,06/sc, a maior referência dos últimos 5 meses.
O ponto chave ainda é a regionalização dos lotes e, por hora, nem mesmo o início da colheita de milho tem sido suficiente para acalmar os ânimos altistas, visto que este milho (tributado) dificilmente chega as praças paulistas (fretes caros). O vazio de milho “de fora” permite que Intermediários e Silos subam suas pedidas pelos estoques e realizem seus lucros.
A Agrifatto Consultoria aponta que a queda de braço entre vendedores e compradores continuou ao longo desta semana, deixando o mercado físico com um baixo volume de negócios. Do lado dos produtores, o foco está no escoamento e na comercialização da soja, o que mantém o milho estocado. Já na ponta compradora, não há grande necessidade no curto prazo e os preços não agradam.
Segundo a Agroconsult, espera-se que a safrinha de milho 2018/19 produza 68,9 milhões de toneladas, um avanço de 28% em relação a temporada 2018/19. A área destinada ao cereal deve crescer 7,8% no mesmo comparativo, chegando a 12,3 milhões de hectares.
O último indicador do CEPEA sofreu correção para cima, subindo no dia 0,24% e elevando a referência para R$ 41,53/sc. Vale destacar que o levantamento da Esalq ainda respeita o próximo suporte gráfico em R$ 41,40/sc.
Fonte: Notícias Agrícolas
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