Espigas se desenvolveram bem, estão preenchidas e com grãos sadios.

Começou a colheita do milho safrinha em Mato Grosso. As lavouras tiveram bom desempenho e os produtores estão otimistas.

Com o tempo aberto, as máquinas foram para a lavoura na fazenda do Erny Parisenti, em Diamantino. Três colheitadeiras estão trabalhando.

A colheita está dentro do prazo, uma surpresa para o agricultor, que semeou 20 dias mais tarde. O excesso de chuva atrapalhou o plantio, mas também ajudou no desenvolvimento das plantas atrasadas. As espigas se desenvolveram bem, estão bem preenchidas e com grãos sadios.

Erny já negociou 30% da produção. Ele colheu até agora quase 800 dos 8,4 mil hectares plantados, a mesma área cultivada o ano passado. O plano era plantar mais, mas sobrou semente no barracão. “Devido às precipitações em fevereiro, houve um atraso no plantio”, diz.

Enquanto Erny investiu mais em semente e adubo, Marcos Sinopoli, que cultivou 3 mil hectares, também em Diamantino, preferiu economizar nos insumos. O preço do grão não estava atrativo.

Nos primeiros talhões, Marcos calcula que a produtividade está de 10% a 15% menor do que no ano passado. As máquinas trabalham devagar, só para atender os compromissos. O agricultor vendeu 70% do que espera colher, mas os grãos ainda estão úmidos. "Ainda não falamos em prejuízo porque estamos vendendo por um preço melhor do que se fossemos esperar secar na lavoura", explica.

De acordo com a Conab, Mato Grosso deve colher 15,7 milhões de toneladas de milho na safrinha.